A igreja católica abriu nessa quarta (14), com missa, o período da Quaresma que marca o início do Ciclo Pascal. A Quaresma compreende o intervalo entre a Quarta-Feira de Cinzas e o Domingo de Ramos, que este ano será celebrado no dia 1º de abril. Durante esse período, segundo a tradição, a igreja conclama os fieis a se prepararem para a Páscoa por meio da oração, do jejum e da caridade. Apesar das fortes chuvas que caíram ontem na capital do RN, os fieis lotaram a Catedral Metropolitana de Natal para acompanhar a missa celebrada às 16h30 pelo padre Valdir Cândido de Morais. A missa das 19h, foi conduzida pelo arcebispo de Natal Dom Jaime Vieira Rocha.
Fiéis cumpriram o ritual de receber as cinzas oriundas da queima dos ramos abençoados em 2017
Hoje, das 14h30 às 16h30, também é aberto o período das confissões. A data é um símbolo do dever da conversão e da mudança de vida, também remete à fragilidade da vida humana.
Na liturgia que ilustra a missa da Quarta-feira de Cinzas não se diz o “Glória”, nem o “Creio”. Nesse dia as cinzas utilizadas durante o ritual, oriundas da queima dos ramos abençoados no Domingo de Ramos do ano anterior, são bentas e impostas na cabeça dos fiéis como símbolo da vida efêmera e reforça o convite à penitência. Misturadas com água benta, as cinzas úmidas são utilizadas para sinalizar uma cruz na fronte de cada fiel.
“A igreja possibilita várias celebrações durante o ano. Acabamos de passar pelo ciclo do Natal, quando exaltamos a graça do batismo do Senhor e anunciamos as próximas festas, sobretudo, a Páscoa. O tempo da Quaresma é propício para nos prepararmos para o grande momento da igreja, que é a Páscoa, um período de convite para conversão, de mudança de vida, de crescimento espiritual, pessoal, de ir ao encontro de Deus”, explicou o padre Valdir Cândido. “A Quaresma vem com a chamada forte para ‘convertei-vos e crede no evangelho’, e hoje não está resumida a passagem dos 40 dias após a festa da carne (o Carnaval): a Quaresma também representa os 40 anos do povo de Deus no Deserto, os 40 dias das provações de Jesus provado no deserto, e nossas provações diárias de viver a misericórdia, a bondade e a graça de Deus. É um momento de conversão, mas principalmente de encontro com o Senhor”.
