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Monsenhor

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Monsenhor 
Desportista, torcia pelo Vasco (RJ) e o Alecrim em Natal. Trouxe o Vasco campeão carioca a Natal em outubro de 1970, vitória de 1×0 sobre o ABC, gol do meia Ademir. Na mesma excursão, o time comandado pelo espetacular Silva Batuta enfrentou o Alecrim, do Governador Monsenhor Walfredo Gurgel.  Cumprimentou cada jogador, coração dividido ao meio, Estádio Juvenal Lamartine arriscadamente superlotado por oito mil torcedores em frenesi.  
Luís Carlos e Dé marcaram para o Vasco e o volante estilista Pedrinho para o Alecrim. Os dois times: O Vasco com Élcio; Fidélis, Moacir, Renê e Eberval; Benetti(Ferreira) e Ademir; Luís Carlos Tatu, Dé(Kosilek), Silva e Gilson Nunes. O Alecrim jogou com Bastos; Biu; Solimar, Ivan Matos e Anchieta; Pedrinho e Valdomiro(Ubirajara); Zé Maria, Elson, Mascote e Iaponã.
O Monsenhor ouvia as resenhas esportivas da Rádio Globo AM 1220(RJ) buscando notícias cruzmaltinas desde o Expresso da Vitória, máquina de jogar bola, de 1945 a 1952: Barbosa, Barcheta, Augusto, Wilson, Rafagnelli, Ely, Danilo, Jorge, Moacir, Djalma, Nestor, Maneca, Ademir, Dimas, Lelé, Friaça, Ismael e Chico. 
Governador era assíduo  do  Estádio Juvenal Lamartine e não escondia a admiração pelo craque Alberi do ABC. Viu seu Alecrim ser campeão com Pedrinho e Vasconcelos e o goleador Icário em 1968. Era pé-quente. 
Foi no sossego da casa simples na Rua Afonso Rique, (Hoje Alda Ramalho), 1005, no bairro do Tirol, em Natal, que o Monsenhor Walfredo Gurgel morreu a 4 de novembro de 1971, de câncer de pulmão diagnosticado 31 dias antes. O médico e futuro vice-governador Genibaldo Barros acompanhava o Monsenhor no seu último momento. 
Monsenhor Walfredo Gurgel é personagem emblemático pelo estilo sóbrio e pacificador no ápice do radicalismo político no Rio Grande do Norte. Dedicava-se ao sacerdócio(Doutor em Filosofia e Teologia e ordenado em Roma) quando, em 1960, foi convidado e aceitou ser candidato a vice na chapa de Aluízio Alves para governador. Estava em Caicó, sua terra. Votava-se no governador e no vice e o “Padre”, como era conhecido pelo povo, mostrou-se bom de urna. 
No dia 3 de outubro de 1960, Aluízio derrotou Djalma Marinho para o Governo do Estado por 121.076 votos a 98.195. Contra o líder mossoroense Vingt Rosado, vice de Djalma, o Monsenhor obteve 115.702 votos a 99.801. 
Dividido por dois mitos, Aluízio Alves e Dinarte Mariz, o Estado via o Monsenhor correr por fora nas disputas majoritárias e vencer todas. Em 1962, polarizando com Dinarte Mariz a supremacia eleitoral na Região do Seridó, elegeu-se com ele senador. 
Em primeiro lugar, com 108.103 votos contra 105.884. Foram vencidos Tarcísio Maia(companheiro de chapa de Dinarte) e o “Major” Teodorico Bezerra, em dobradinha com o Monsenhor. 
Walfredo Gurgel e Dinarte Mariz foram a novo embate em 1965, na sucessão do governador Aluízio Alves. Outra vez, o “Padre” comprovou sua popularidade. Venceu Dinarte com 151.349 votos contra 124.119. O vice do Monsenhor foi o deputado federal alecrinense Clóvis Motta. 
Governou com serenidade e fibra, a ponto de enfrentar representantes do Regime Militar que o convocaram ao Comando para “prestar esclarecimentos”. 
Ao que o Monsenhor retrucou para nunca ser incomodado: “Sou o governador eleito. Quem quiser que venha ao Palácio e me deponha. Eu não saio daqui.” Deixou o Governo do Estado a 15 de março de 1971, entregando-o ao Professor Cortez Pereira. Passou a viver em casa e a celebrar missas. 
Dores no pulmão o levaram no 3 de outubro aos médicos radiologistas Zeca Passos e Paulo Bezerra(Balá), que constataram o tumor em estágio avançado. Fumante contumaz.
Na data em que vencera eleições, o aviso do fim. Monsenhor Walfredo Gurgel morreu aos 62 anos. Seu corpo está sepultado na Catedral de Sant’Ana em seu berço, Caicó. Sua alma, renova preces para livrar Alecrim e Vasco da decadência.
Necessidade 
O ABC necessita, para ganhar força, de dois laterais, um bom zagueiro, um novo meio-campo e um homem de frente, centroavante, para jogar com Wallyson e Negueba. É o básico. 
Debate 
Essa campanha para presidente do ABC está com cara de Wx0, pois Bira Marques chegou a quase 80%. Debate ficou para política ideológica e falta de proposta arrojada. 
América 
Precisa somente de outro time, inteiro.
Dinheiro para esporte 
O Sistema Nacional do Desporto precisa de um fundo que fomente o acesso à prática esportiva. A avaliação é de Wladimir Camargos, professor de Direito Esportivo na Universidade Federal de Goiás (UFG). 
 
Direitos 
O professor assessora a Comissão do Esporte e da Câmara dos Deputados criada para analisar o Projeto de Lei 1153/19, que modifica a Lei Pelé e, entre outros pontos, garante direitos aos atletas em formação, como participação em programas de treinamento nas categorias de base; treinamento com corpo de profissionais especializados em formação técnico-desportiva; segurança nos locais de treinamento; e assistência educacional, psicológica, médica, odontológica e farmacêutica.
Aprimorar 
Pela  Lei Pelé, o Sistema Nacional do Desporto tem a finalidade de promover e aprimorar as práticas desportivas de rendimento e congrega as pessoas físicas e jurídicas de direito privado, com ou sem fins lucrativos.
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