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Moradores pedem atenção para praça abandonada

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DESCASO - A praça está passando por um processo de destruição e a insegurança no local é grandeMoradores da rua Adauto Câmara, no Barro Vermelho, há anos sofrem por não ter um ambiente público de lazer. Entretanto, nos últimos meses o problema vem se complicando, pois um patrimônio construído há quatro anos, que deveria ser uma praça, vem tendo sua estrutura totalmente quebrada e dominada por vândalos que começam a assustar a vizinhança. Já existe um processo em curso para assegurar a manutenção do local, entretanto, a praça Mestre José Gomes de Melo nunca foi inaugurada.

Durante anos, os moradores não tinham calçamento na rua onde passava um riacho que desaguava no Baldo, mas recebia dejetos de esgoto e era ideal para animais peçonhentos. Com a pavimentação e construção da praça e de tubulações adequadas, eles superaram isto e esperavam um ambiente de lazer e cultura para idosos e crianças. Entretanto, a praça nunca foi repassada aos cuidados da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) e fica, portanto, sem manutenção.

O morador da rua há 35 anos, José Gomes de Melo Filho, cujo nome do pai foi usado para batizar a praça, diz que há dois anos tenta reverter a situação de abandono, mas nunca recebeu respostas da Semsur. Nem mesmo da Semurb – Secretaria Municipal de Urbanismo -, responsável pelo projeto e repasse da construção à Semsur, além da Caern, que detém parte do terreno. “A última vez que fui até a Semurb foi em dezembro de 2005 e até hoje não recebi resposta”, diz ele.

Enquanto isso, outros moradores temem pelas invasões, deterioração e insegurança que traz o local abandonado. Blocos de cimento estão sendo arrancados pouco a pouco para a formação de um campo de futebol com areia, as travas foram erguidas, lixo e plantas se acumulam e até mesmo as luminárias estão quebradas. O engenheiro civil Paulo Alisson, que mora vizinho à praça, cita que o local é essencial para a captação de águas e a impermeabilidade trazida com o cimento no piso é ideal para a contínua trajetória da água para o Baldo, podendo provocar um afundamento no chão.

Os próprios moradores têm um projeto cultural junto com a Associação de Moradores do bairro, mas que nunca foi possível pelo abandono. Acima de tudo, porém, acreditam que está havendo um comprometimento físico e inseguro, além da depredação para benefício de poucos – quem usa a “quadra de futebol”.

A assessoria da Semsur disse não ter conhecimento do descaso, mas que irá passar no local para observar a reclamação. A Caern, proprietária de parte do terreno e responsável pelo projeto, disse que a obra foi inaugurada no fim do governo de Garibaldi Alves Filho e a responsabilidade sobre a praça foi repassada à Prefeitura. De acordo com a Semurb, a obra foi construída em uma área que também pertence a um proprietário privado. Deste modo, não tem conhecimento de como se deu esta construção – se o terreno foi cedido ou qual foi o procedimento.

O fato, entretanto, agora se prende à falta de manutenção e segurança atual no local, pois o imenso orçamento de R$ 6.922.194,18 da obra está sendo destruído sem nunca ter tido utilidade à comunidade, como prometia. A Prefeitura, por meio da Semsur que dispõe de três fiscais na área próxima ao Baldo, não vem mantendo o objeto público para uso devido.

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