Uma invasão de mosquitos está tirando o sono dos moradores de Candelária, nas proximidades do Centro Administrativo. Condomínios e casas dos arredores sofrem periodicamente com uma grande quantidade de mosquitos, principalmente à noite. Dormir, assistir televisão e outras atividades rotineiras estão sendo afetadas. Segundo moradores, a praga é fruto de uma ligação clandestina de esgoto dentro do próprio Centro Administrativo, mais precisamente atrás da Secretaria Estadual de Tributação.
Por ali, uma tubulação despeja litros e litros de “água servida” no terreno do Estado. Não deveria ser assim. Moradores do Residencial Cabugi afirmam que aquela tubulação é para captar “águas pluviais”. Como se sabe, o problema das ligações clandestinas de esgoto é comum em Natal, agravado pela falta de esgotamento sanitário nas ruas da cidade. Além de atrair mosquitos, as ligações clandestinas são uma agressão ao meio ambiente.
Eleida Morais, síndica do Residencial, um dos condomínios mais afetados da região, conta que já procurou vários órgãos da Prefeitura de Natal, mas até agora nada foi feito para resolver o problema da população. “Eles ficam naquele empurra-empurra, cada órgão diz que a responsabilidade é do outro”, diz Eleida. A Vigilância Sanitária chegou a passar com o carro “fumacê” pela região. Todavia, a raiz do problema não foi atacada.
Enquanto o poder público não se mobiliza, os moradores tentam encontrar meios de diminuir o próprio sofrimento. Mosquiteiros, raquetes elétricas e outras bugigangas são os mais populares. “Não dá para assistir televisão e nem para dormir direito. Tem gente dormindo com a luz acesa para tentar diminuir o número de mosquitos”, diz Paulo Bulhões, que mora em uma casa em frente ao Residencial Cabugi. O problema de mosquitos naquele local é recorrente nos meses de agosto a novembro. A reportagem entrou em contato com a Caern e a Semurb, mas não obteve resposta.
