Os cerca de 80 mil moradores de Nova Parnamirim vão contar com um novo sistema de abastecimento d’água a partir do próximo ano. A Companhia de Águas e Esgotos do Estado (Caern) começou em janeiro a construção de quatro novos reservatórios na região, o que irá ampliar a capacidade de armazenamento na área, cujo sistema conta atualmente com uma única caixa-d’água. Os trabalhos devem durar até o final de 2006 e prevêem ainda a instalação de uma nova rede de distribuição.
Ao todo, 11 poços abastecem Nova Parnamirim. Porém, como há carência de reservatórios, a água é jogada direto na rede de distribuição. “Quando há algum problema com o poço, temos de parar o abastecimento, além de gastarmos muita energia. Agora com os novos reservatórios, a água vai ser levada até lá e daí é que será distribuída. Se tivermos algum defeito em um poço, o reservatório pode compensar com a água dos demais”, explica o gerente de Obras da Caern, Ricardo Varela.
Duas das novas caixas-d’água serão construídas próximas à antiga, entre Pirangi e Nova Parnamirim, as outras duas (das quais uma ainda depende de liberação de um terreno por parte da Prefeitura de Parnamirim) vão ser erguidas em uma área perto da avenida Ayrton Senna. Já a nova rede a ser implantada conta com mais de 20 km de tubos. “Serão todos de PVC, indo de 75 a 450 milímetros”, enfatizou o gerente da companhia.
Segundo Ricardo Varela, a obra está com 17% do cronograma concluído e quando for completada irá “otimizar” o sistema de abastecimento de uma das regiões que mais crescem na Grande Natal. Em Nova Parnamirim, a demanda por água é crescente e a conclusão de diversos condomínios em construção promete aumentar ainda mais essa necessidade.
Demora no recapeamento
A obra realizada pela Caern está trazendo transtornos para muitos habitantes de ruas por onde passa a nova rede de distribuição d’água. Enquanto na avenida Abel Cabral os moradores reclamam da abertura do asfalto, que foi recém colocado, na São João Del Rey ainda aguardam a recolocação do antigo. “Faz mais de um mês que tiraram o asfalto e colocaram só mesmo os paralelepípedos, que ficaram mal feitos. Em alguns pontos já está afundando”, reclama o balconista André Chacon.
Ricardo Varela, no entanto, garante que o problema será solucionado. “Onde é apenas calçamento, vamos fazendo a obra e recuperando. Nos locais onde há asfalto é um pouco mais complicado, pois temos de aguardar acumular uma certa quantidade para comprarmos o asfalto, que só se vende por carrada. Mesmo assim, não demora mais de 15 dias”, garante.
