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Morre Bibi Andersson, atriz sueca que Bergman descobriu

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Morreu neste domingo, 14, aos 83 anos, a atriz sueca Bibi Andersson, uma
das favoritas do diretor Ingmar Bergman (1918-2007), com o qual
trabalhou em alguns de seus maiores clássicos, entre eles “Persona”, que
a tornou mundialmente conhecida. A atriz, que sofreu um derrame
cerebral em 2009, estava hospitalizada na França. Sua morte foi
confirmada pela cineasta sueca Christina Olofson, sua amiga pessoal.

Atriz sueca Bibi Andersson

A atriz Bibi Andersson, considerada uma das musas o diretor Ingmar Bergman, faleceu aos 83 anos de idade

Bibi Andersson já começou a carreira de atriz pelas mãos de Bergman, que
a dirigiu num comercial de televisão do sabão Bris para a Unilever
sueca, em 1951. Em 1956, aos 21 anos, integrou o elenco de “O Sétimo
Selo”, interpretando uma das integrantes da trupe dessa alegoria
apocalíptica ambientada na Idade Média europeia. No ano seguinte ela
voltaria a atuar sob a direção de Bergman em outro clássico do cineasta
sueco, “Morangos Silvestres” (1957), em que interpretou o papel de Sara,
um dos jovens que o velho professor de medicina Isak Borg (Victor
Sjöström) conhece pelo caminho em sua viagem para receber uma homenagem.

Mas ela será eternamente lembrada por sua atuação como Alma, enfermeira
de uma atriz (Liv Ullman) em “Persona” (exibido no Brasil como “Quando
Duas Mulheres Pecam”). Realizado em 1966, é um dos mais densos de
Bergman. Ele trata do drama de uma atriz que surta durante uma
performance de Electra, permanecendo em estado catatônico. A
identificação entre enfermeira e paciente é tão grande que as duas se
unem numa relação simbiótica, captada com sensibilidade pela câmera de
Sven Nykvist, fotógrafo habitual de Bergman.

Bibi Andersson trabalhou com outros grandes cineastas além dele – os
americanos John Huston e Robert Altman, para citar apenas dois autores. A
atriz também chegou a atuar na Broadway (em 1973), mas não fez carreira
nos EUA, onde também filmou com Bergman uma de suas obras menos
lembradas, “A Hora do Amor” (The Touch, 1971). Seu último filme foi “The
Frost” (2009), dirigido pelo catalão Ferran Audí e baseado em peça de
Henrik Ibsen sobre um casal em crise após a morte do único filho. As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Estadão Conteúdo
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