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Morre dramaturgo potiguar Costa Filho

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O diretor de teatro e cenógrafo Costa Filho morreu, no final da manhã deste domingo, 5, por complicações oriundas de uma pneumonia. Ele estava internado num hospital em Natal havia alguns dias e não conseguiu reverter o quadro da infecção. Costa Filho dedicou quase quatro décadas de vida à arte e aos palcos.Amigos mais próximos do artista informaram nas redes sociais que o velório está sendo organizado para este domingo, às 19h30, no Teatro de Cultura Popular – TPC, ao lado da Fundação José Augusto, à av. Junduaí, Tirol.

Tímido, não revelava a idade. Há quase 10 anos, porém, numa reportagem especial da TRIBUNA DO NORTE, ele descortinou sonhos e falou abertamente sobre carreira e arte. Relembre algumas passagens da vida do dramaturgo.
Antes do teatro Sandoval Wanderley desabar por conta das chuvas, na década de 80, o artista encenou naquele local o musical infanto-juvenil chamado “Negrinha”. “Nós colocávamos e retirávamos as cadeiras. Não sei nem se alguém ainda lembra desse tempo, são reminiscências quase perdidas”.  
TRAJETÓRIA - Costa Filho comemora 30 anos de teatro
Costa Filho dedicou mais da metade da vida à produção de peças de teatro e cenários
Mestre de muitos artistas potiguares, Jesiel Figueiredo também foi professor de Costa Filho. Aos 11 anos, ele integrou uma turma de alunos e passou a compor o elenco de uma peça infantil. “A identificação com o teatro foi tanta que eu fiquei no grupo. Ele foi o maior responsável por tudo o que comemoro hoje, meus 30 anos de arte”.
O artista criou seu próprio grupo, a Cia. Manacá de Teatro, que estreou em 1978. Como havia encenado alguns clássicos infantis com Jesiel, permaneceu o gosto pelos espetáculos para crianças. “E fiz muitos clássicos como ele fez”, espelha-se. 
Foi com uma criação própria – “A bruxa e a flor alada” – que Costa Filho destaca a época em que conciliava os infantis com as peças adultas com o grupo Manacá. “A ‘bruxa’ foi uma coisa revolucionária para a época, que era muito focada para os clássicos, mas eu peguei um conto e adaptei para os palcos”. 
Depois veio “Negrinha”, que trouxe a inspiração para o tema indígena.   “Enveredamos pelas lendas indígenas e compomos Tucuí”, relembra. Da formação original da companhia, ele ressalta que Lenira Dantas, Jaíra Oliveira e Gorete Barbosa permanecem até hoje na vida artística. “Tem também Luiz Eiras que hoje é um autor teatral”.   
Ainda não foram divulgadas informações sobre o local do velório e sepultamento de Costa Filho. 
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