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Morre escritor potiguar Sanderson Negreiros

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O jornalista, poeta e escritor José Sanderson Deodato Fernandes de Negreiros, 78, faleceu na manhã desta terça-feira (19) em casa, na capital potiguar. O velório está acontecendo no Centro de Velório da avenida São José e o sepultamento será às 17h no Cemitério de Nova Descoberta.

José Sanderson Deodato Fernandes de Negreiros

José Sanderson Deodato Fernandes de Negreiros

Sanderon Negreiros nasceu no Rio Grande do Norte em 03 de julho de 1939, filho de Abílio Deodato do Nascimento e Carolina Fernandes de Negreiros. Foi articulista da TRIBUNA DO NORTE e membro da Academia Norte Rio Grandense de Letras (ANRL), patrono da cadeira 40.

Presidente da ANRL e amigo pessoal de Sanderson, o escritor Diógenes da Cunha Lima afirma que é uma perda irreparável. “Ele era uma figura singular. É impossível encontrar qualquer pessoa parecida. Também escrevia muito bem e só trouxe louros para o Rio Grande do Norte, sua obra só tem elogios. Ele era um leitor ávido. Ninguém lia mais que Sanderson, ele se interessava por todos os assuntos”, relembra emocionado.

Em nota, o prefeito Carlos Eduardo lamentou a morte de Sanderson, destacando seu trabalho como jornalista. “Sanderson Negreiros foi um cronista da cidade, retratando em palavras, a vida nos bairros, os costumes e as gentes de Natal. Intelectual de grande formação humanística e teológica, ao mesmo tempo capaz de produzir poemas e uma narrativa lírica autêntica, adquirida como leitor dos grandes clássicos da literatura mundial”, disse.

Sanderson Negreiros se formou como bacharel em Direito, atuou como jornalista, servidor do Tribunal de Contas do Rio Grande do Norte, promotor adjunto e professor de “Cultura Brasileira”. Sanderson Negreiros também foi presidente da Fundação José Augusto por cerca de três anos e atuou como secretário estadual no Governo de Tarcísio de Vasconcelos Maia.

Dentre as suas publicações, destacam-se os livros “O Ritmo da Busca”, “Lances Exatos”, “A Hora da Lua da Tarde”, “Tardes do Alecrim”, “Manhãs do Tirol” e “Noites da Ribeira”. Em sua última crônica publicada na TRIBUNA DO NORTE, no dia 3 de dezembro deste ano, Sanderson falou sobre o tempo. “Há tempo de viver obstinadamente e tempo de esperar, paciente, que a vida nos convide ao repouso. Há tempo para lembrar nossos mortos e tempo para compreender a vida que se inicia com a morte”, diz um trecho do texto.

Atualizada às 15h55

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