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Morre Stanley Donen, o diretor dos musicais elegantes e vigorosos

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Cenas que pareceriam grosseiras – como Gene Kelly bailando na rua
debaixo de um temporal (Cantando na Chuva, de 1952) ou Fred Astaire
sapateando pelas paredes até atingir o teto (Núpcias Reais, 1951) –
ganharam charme, delicadeza e se tornaram clássicas no cinema nas mãos
de Stanley Donen. Diretor de grandes musicais, o cineasta americano
morreu na quinta-feira, aos 94 anos, mas sua morte só foi noticiada no
sábado, pelo filho Mark. A causa não foi divulgada.

Stanley Donen, diretor
Stanley Donen revolucionou o cinema nos anos 50 e ficou conhecido por filmes musicais

Donen trouxe charme e elegância para o cinema dos anos 1950, época em
que o glamour e a suntuosidade dominava, especialmente os famosos
musicais da Metro. “Por um tempo, Donen sintetizou o estilo de
Hollywood”, escreveu o crítico Tad Friend em The New Yorker, em 2003.
Donen, observou ele, “fez o mundo das fontes de champanhe e dos pillbox
hats (chapeuzinhos pequenos e sem abas, usados por mulheres) parecerem
encantadores, o que é muito mais difícil do que parece”.

Autor de filmes de aventura que unia ação com bom gosto, como Charada
(1966), Donen se notabilizou, no entanto, pelos musicais – muitos se
tornaram clássicos. Nascido em 1924, ele começou sua carreira como
coreógrafo, em 1943, na Metro, em Rainha dos Corações. E, no ano
seguinte, faria sua primeira parceria com Gene Kelly, em Modelos. Kelly
foi seu grande parceiro – já nesse primeiro encontro, Donen criou uma
sequência em que Kelly dança consigo mesmo, em uma rua escura de
Manhattan.

O primeiro filme em que assinou a direção foi Um Dia em Nova York
(1949), codirigido com Kelly. Trata-se da história sobre marujos que
passam seu dia de folga em Nova York. O longa tornou-se histórico por
ter sido o primeiro musical a ser filmado em locação.

Mas foi em 1952 que a parceria de Donen com Kelly atingiu o auge da
criatividade, bom gosto e talento com Cantando na Chuva, até hoje
considerado o maior musical de todos os tempos, imbatível na trama e,
principalmente, nos grandes números de coreografia.

Para comprovar que seu talento não dependia da parceria com Kelly,
Stanley Donen dirigiu outros longas que também se tornaram clássicos
como o já lembrado Núpcias Reais, ou ainda Sete Noivas para Sete Irmãos
(1954).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Estadão Conteúdo

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