Roberto Lucena e Sara Vasconcelos
Repórteres
Devido à morte do presidenciável Eduardo Campos (PSB), o senador e candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB) cancelou a programação política agendada para ontem, dia 13, no Rio Grande do Norte, e hoje, dia 14, na Paraíba. Aécio chegou a desembarcar no Aeroporto Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, no início da tarde de ontem, mas passou pouco tempo em solo potiguar.
O candidato iria visitar a fábrica da Guararapes, em Extremoz, concederia entrevista coletiva na sede do PSDB, em Natal, e caminharia no bairro do Alecrim. No entanto, logo após o desembarque e cumprimentos com as lideranças locais que o aguardavam, entre as quais o candidato a governador do PMDB, Henrique Eduardo Alves e o presidente estadual do PSDB, Rogério Marinho, foi anunciada a suspensão da programação. No único contato de Aécio Neves com a imprensa no saguão de desembarque do aeroporto ele afirmou: “Estou perplexo com essa notícia e cancelei a agenda. Vou para São Paulo”.
Momentos antes da chegada do senador, políticos e assessores que o recepcionariam transitavam pelo aeroporto em clima de tensão. Naquele momento, a morte de Eduardo Campos não estava confirmada e todos buscavam informações através de ligações telefônicas, em sites de notícias ou mensagens. O presidente da Câmara dos Deputados Henrique Alves (PMDB) era um dos mais assediados por assessores e jornalistas.
Não demorou muito e a morte de Campos foi confirmada. Quase que ao mesmo tempo, Aécio Neves desembarcou e foi ao encontro dos correligionários e demais políticos. O clima era de consternação. O senador mineiro chegou acompanhado, entre outros, do também senador José Agripino (DEM) e do deputado federal por São Paulo, Paulinho da Força (Solidariedade).
Na conversa rápida com os jornalistas, Aécio confirmou o cancelamento das atividades programadas para o RN e PB. Logo após, embarcou para São Paulo. “Vou para São Paulo, onde podemos ter informações mais precisas sobre esse trágico acidente. Eduardo Campos era o meu amigo”, disse Aécio.
Demais políticos que recepcionaram o candidato do PSDB também demonstraram tristeza e perplexidade com a morte inesperada de Eduardo Campos. “É um momento de estupefação pela perda do político que foi Eduardo Campos e daqueles que o acompanhavam. É difícil falar”, disse José Agripino. Henrique Alves lembrou que trabalhou com Eduardo Campos na Câmara dos Deputados e estava consternado. “Fomos colegas na Câmara por três mandatos e afirmo que Eduardo foi um homem público digno, que honrou o Estado de Pernambuco, o Nordeste e o Brasil. Sua morte deixa uma lacuna irreparável. Somente Deus para confortar os familiares e amigos neste momento de insuportável dor”, colocou.
Já o presidente de honra do PSDB no Rio Grande do Norte, Rogério Marinho, disse que era admirador do trabalho de Eduardo Campos e que conhecia a família do ex-governador do Pernambuco. “Eu tive o privilégio de conhecê-lo pessoalmente, a sua mãe, Ana Arraes, sua mulher, seu avô, Miguel Arraes, seus filhos. Um político brilhante, um líder da nova geração, que havia feito um governo em Pernambuco que servia de referência para o país. É uma perda inestimável para o Brasil”, falou.
FRASES
“É com imensa tristeza que recebi a notícia do acidente que vitimou o ex-governador e meu amigo Eduardo Campos. O Brasil perde um dos seus mais talentosos políticos, que sempre lutou com idealismo por aquilo em que acreditava. A perda é irreparável e incompreensível. Nesse momento, minha família e eu nos unimos em oração à família de Eduardo, seus amigos e a milhões de brasileiros que, com certeza, partilham a mesma perplexidade e pesar.”
Aécio Neves (PSDB)
“Com extremo choque, profundo pesar e imensa consternação, recebi a informação da morte de Eduardo Campos. Fomos colegas na Câmara por três mandatos e afirmo que Eduardo foi um homem público digno, que honrou o estado de Pernambuco, o Nordeste e o Brasil. Minhas condolências à família e ao povo brasileiro, que lamentam a perda de um homem tão jovem, em seu auge político e com tantos sonhos para a vida. Sua morte deixa uma lacuna irreparável. Somente Deus para confortar os familiares e amigos neste momento de insuportável dor.”
Henrique Alves (PMDB)
“Neste momento de dor e tristeza, nós que fazemos o PSDB no Rio Grande do Norte nos solidarizamos com a família de Eduardo Campos. Eu tive o privilégio de conhecê-lo pessoalmente, a sua mãe, Ana Arraes, sua mulher, seu avô, Miguel Arraes, seus filhos.”
Rogério Marinho (PSDB)
“Em uma hora como esta é até difícil falar. O Brasil vive um momento de estupefação pela perda do homem público que foi Eduardo Campos, uma grande liderança política do Nordeste. Lamentamos profundamente a perda irreparável para família e para os brasileiros. Nossa solidariedade aos familiares e amigos de todos aqueles que o acompanhavam no voo”.
José Agripino (DEM)
“O Brasil assiste perplexo a trágica notícia do acidente que vitimou Eduardo Campos. Uma perda lamentável para o País e para os brasileiros. Eduardo Campos foi fundamental para a construção das lutas coletivas pelo Nordeste, como a integração do São Francisco, além de ter colocado o seu estado, Pernambuco, nos rumos do desenvolvimento econômico e social”.
Robinson Faria (PSD)
