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Mostra Cinema Africano é destaque do segundo dia do Festival Goiamum Audiovisual

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A quarta edição do Festival Goiamum Audiovisual tem como destaque, nesta terça-feira (30), a Mostra Cinema Africano. De hoje até sábado (4), sempre às 15h30, na Pinacoteca do Estado, serão exibidos sete filmes, entre curtas, médias e longas-metragens – todos inéditos em Natal.

O Goiamum Audiovisual teve início oficialmente na noite de segunda-feira (29), com a abertura da mostra David Lynch – O Lado Sombrio da Alma, que também continua até sábado. No decorrer da semana, o público poderá assistir a curtas e longas-metragens do diretor norte-americano. Os filmes serão exibidos às 12h e 15h30.

Completam a programação desta terça-feira a Mostra de Documentários Mexicanos – Difusão do Patrimônio de Vera Cruz e a palestra “Experiências na Co-produção de Filmes”. A quarta edição do Festival Goiamum Audiovisual vai até domingo (4), com oficinas, debates, encontros e o seminário Memória e Preservação – tema do evento este ano. O acesso à programação é gratuito.

Mostra Cinema Africano

A Bola

Direção: Orlando Mesquita

Moçambique | 2001 | 5’

Numa pequena aldeia de Moçambique, as crianças são grandes consumidores de preservativos. Com apenas dois preservativos, sacos de plástico e uns cordões fazem uma bola para mais um grande jogo de futebol.

I Love You

Direção: Rogerio Manjate

Moçambique | 2008 | 5’

“I Love You” narra a história de Mandala, um rapaz de 11 anos de idade que acaba de descobrir que a sua vizinha, a Josefina, é prostituta. Apesar de muito novo, Mandala sabe o que é AIDS, e se debate consigo próprio pois não sabe como dizer à Josefina que deve se proteger da doença usando o preservativo. Ele vai, então, encontrar uma maneira original e única de comunicar através do amor inocente.

Nha fala

Direção: Flora Gomes

Guiné Bissau |2002 | 90’

Antes de partir para a Europa para estudar, Vita, uma jovem africana, promete à mãe que jamais cantará, pois uma maldição que se abate sobre a sua família determina que qualquer mulher que ouse cantar, morrerá amaldiçoada. Em Paris, Vita conhece Pierre, um jovem e talentoso músico por quem se apaixona. Transbordando alegria, Vita liberta-se finalmente e canta, deixando-se convencer por Pierre a gravar um disco, que se torna um sucesso de vendas imediato. Temendo que a mãe descubra que quebrou a promessa, Vita decide voltar a casa… para morrer! Com a ajuda de Pierre e Yano, Vita encena a sua própria morte e ressurreição, para mostrar à família e amigos que tudo é possível, se tiverem a coragem de ousar.

Hóspedes da noite

Direção: Licínio Azevedo

Moçambique | 2007 | 53’

Fundado em 1953, com 370 quartos e uma imensa piscina, o Grande Hotel era o orgulho da arquitetura da cidade de Beira, Moçambique. Foi desativado dez anos depois, transformando-se gradativamente numa ruína. Atualmente, o prédio, sem eletricidade e sem água canalizada, é habitado por 3500 pessoas. Algumas vivem ali há vinte anos. Além dos quartos, também servem de moradia os saguões, os corredores, as áreas de serviço do hotel e a cave, onde é sempre noite.

Ferro em Brasa

Direção: Licinio Azevedo

Moçambique | 2006 | 96’

Um olhar sobre Moçambique colonial através da câmara e olhos do mais famoso fotógrafo moçambicano, Ricardo Rangel.

Kuxa Kanema – O Nascimento do Cinema 

Direção: Margarida Cardoso

Moçambique | 2003 | 52’

O filme é uma belíssima síntese das atividades do jornal cinematográfico Kuxa Kanema, criado pelo Instituto Nacional do Cinema (INC) de Moçambique logo após a Independência, em 1975. O objetivo era “filmar a imagem do povo e devolvê-la ao povo”. A produção teve alta receptividade na época, o material filmado era vastíssimo, mas um incêndio destruiu boa parte do legado em 1991. No entanto, salvaram-se várias imagens, diga-se: importantíssimas, que vieram a se tornar o documentário dirigido por Margarida Cardoso. São 52 minutos de imagens que, se já servem como testemunho dos anos iniciais da então república socialista moçambicana, igualmente mostram o poder do cinema de perpetuar as memórias de uma nação que muito teria a esquecer, mas que agora quer também ter recordações das quais se orgulhar. Kuxa Kanema – o nascimento do cinema é fundamental por seu registro histórico, de uma época que o tempo e a elite dominante insistem em apagar.

Kuduro – Fogo no Museke

Direção: Jorge Antonio

Angola |2007 | 60’

Desde a sua independência, nunca Angola tinha assistido a um movimento cultural tão dinâmico e tão polemico como o Kuduro. Nenhum outro gênero musical ultrapassou tão rapidamente as fronteiras e se tornou um fenômeno internacional. Kuduro, Fogo no Museke é o retrato social e cultural de uma geração, que quer acima de tudo ser a voz de uma nova Angola.

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