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Motorista é assassinado em São Gonçalo do Amarante

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O motorista de ônibus Ubiraci Siqueira dos Santos, de 48 anos foi morto a tiros na tarde da última sexta-feira, durante uma suposta tentativa de assalto enquanto trabalhava. “Bira”, como era conhecida a vítima estava operando na linha Natal-São Gonçalo do Amarante, pela empresa Riograndense, quando foi abordado, por volta das 16h30,  em frente ao cemitério de Regomoleiro, já em São Gonçalo do Amarante. De acordo com testemunhas, o crime teve a participação de três homens, mas só um deles estava armado.

Bira foi rendido por um dos assaltantes, enquanto outro rapaz pegava a bolsa que o motorista levava com documentos do veículo e da empresa. Segundo contou José Leão Bezerra Neto – sobrinho da vítima que providenciava a liberação do corpo na manhã de ontem – o homem armado atirou sem que Bira reagisse à ação criminosa. “Uma mulher que estava sentada no ônibus contou que ele não reagiu. Não sei se atiraram porque ele estava com pouco dinheiro, ou por outro motivo”, disse o rapaz.

Bira sofreu três disparos na boca. Ele foi socorrido por um popular mas acabou sendo transferido para uma unidade do SAMU. Levado para o Hospital Santa Catarina, o motorista morreu pouco tempo depois de dar entrada na unidade de saúde.

Familiares que estava no Itep – Instituto Técnico e Científico de Polícia – estranhavam a forma como Bira foi assassinado. Ezineide Rodrigues Bezerra – cunhada do motorista assassinado – lembrou que era a terceira vez que ele era assaltado durante o trabalho, mas nesse último roubo alguns detalhes chamavam a atenção. “O que é estranho é que não roubaram nenhum passageiro. Só levaram mesmo as coisas dele”. Outro fator que intrigou os parentes de Bira foi a forma como os tiros disparados. Os três tiros dados na parte interna da boca são uma característica típica de crimes de execução. “Um policial falou que isso não é coisa de assalto. Parece vingança ou sei lá”, contou Ezineide. Contudo, os parentes não souberam dizer se Bira tinha inimigos ou se estava recebendo ameaças de morte.

Levando em consideração a possibilidade de o crime ter sido mesmo um latrocínio – roubo seguido de morte – a cunhada do motorista estava revoltada com a insegurança que o teria vitimado. “É o terceiro assalto que ele passou. Quando foi agora aconteceu essa tragédia. Queria que a gente tivesse segurança, e não só campanha política”, esbravejou. O crime foi registrado na delegacia de plantão da Zona Norte, mas deve ser investigado pela delegacia de São Gonçalo do Amarante. De acordo com os familiares um suspeito já foi identificado. Testemunhas da ação contaram que um dos homens que abordaram Bira é conhecido como “Leandro” ou “Boy Léo” e é morador do conjunto Golandim.

Uma mulher que estava na parada de ônibus no momento do assassinato também esteve no Itep. Ela contou que o ponto estava cheio na hora do assalto, e que um tumulto foi formado depois dos disparos. “Eu tava lá esperando o ônibus, quando o povo começou a gritar que estava tendo um assalto. Depois dos tiros todo mundo saiu correndo. Foi uma gritaria e não ficou ninguém na parada”.

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