O Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários (Sintro) realizou na manhã de ontem uma assembléia onde foram discutidos diversos pontos para a elaboração da data base para 2006-2007. Os principais pontos tocados são relacionados ao reajuste salarial de 6,44%, reposição de perda salarial, redução da jornada de trabalho, vale refeição, delegado sindical, seguro de vida e plano de saúde. A pauta foi aprovada por unanimidade e o indicativo de greve só recebeu uma abstenção, caso não haja negociação entre o Sindicato e empresas.
Com isso, fica firmada a posição de possível greve no sistema de transportes coletivos de Natal se os pedidos da classe não forem discutidos. Segundo o presidente do Sintro, Júnior Rodoviário, os trabalhadores ainda ganham muito pouco, mas em comparação com governos passados, o poder de compra de cestas básicas duplicou. “Desse modo, temos que lutar ainda mais pelos nossos direitos de trabalhadores, unidos, para que possamos fazer acordos justos para nós e para os passageiros dos ônibus”, reclama ele.
Para tanto, eles exigem que a Secretaria de Transporte e Trânsito Urbano (STTU) faça um gerenciamento mais adequado do sistema rodoviário. “Eles têm que gerenciar as tarifas e os transportes, observando constantemente o número total de passageiros, discriminando quantos são isentos, estudantes, as viagens de cada veículo. Apenas assim se pode ter o conhecimento da situação para aprovar uma nova tarifa de ônibus e ainda se ajustar ao salário dos trabalhadores”, diz o diretor executivo do Sintro, Laércio Bezerra, considerando os boatos no aumento do preço da passagem.
Se depender do estudo e planejamento que estão sendo realizados pela STTU para firmar uma metodologia única que irá atuar em no controle do transporte e trânsito urbano, os trabalhadores podem esperar um tratamento mais homogêneo e linear nas negociações entre empresas e trabalhadores rodoviários. Segundo a secretária adjunta de transportes da STTU, Lúcia Rejane, o projeto apresentado para definir regras entre os órgãos, como Seturn e DER, foi bem aceito, mas ainda são necessários alguns estudos analisando cada parte envolvida. “Não há definições de aumento nas tarifas de ônibus, ainda temos que ouvir considerações de todas as partes para que haja determinações desse tipo”, explica ela.
