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Movimento perde força na Ceasa RN

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Daísa Alves
Repórter

Nos quatro primeiros meses deste ano, a Central de Abastecimento do Rio Grande do Norte (Ceasa-RN), amargou  queda no volume de produtos comercializados, comparado ao mesmo período em 2013. Dentre as razões para o saldo negativo estão dificuldades de acesso com as obras de mobilidade, na Av. Capitão Mor Gouveia, e a estiagem permanente no interior do Estado, onde estão áreas de produção. Em maio e junho houve crescimento mas o quadro, segundo representantes da Central e comerciantes, ainda é de desaceleração.
Produtos expostos na Ceasa RN: O volume médio mensal de frutas e verduras comercializado na Central é de 25.350 mil toneladas
Para se ter ideia do cenário, em janeiro houve queda de 3%, em fevereiro o recuo chegou a 4%. Em março também houve redução, de 2%% e em abril foi de -1%. Nos meses de maio e junho houve crescimento, respectivamente, de 5% e 2%. Os dados de julho e agosto ainda não estão fechados. A administração considera uma “desaceleração do crescimento”. “É um volume razoável se você considera que o normal é aumentar de 4% a 5% em volume global, por ano”, explica Moisés Caetano, chefe de Divisão de Mercado da Ceasa.

Desde maio, se atesta uma “normalização”. “Mas, ainda não atingimos nossa estabilidade”, disse Moisés Caetano. Entre os anos de 2012 e 2013 houve um acréscimo de comercialização de 11,9%. O volume médio mensal de frutas e verduras comercializados na Ceasa é de 25.350 mil toneladas. Isso significa uma movimentação de mais de R$ 42 milhões. Os valores consideram as vendas do mercado permanente, e do mercado livre, um total de 474 pessoas jurídicas e físicas que fazem uso do espaço para negociação de frutas e verduras.

#SAIBAMAIS#Para Márcia Araújo, da Tropfrutas, comerciante de laranjas, houve uma redução de 50% nos três primeiros meses que antecederam a Copa do Mundo 2014. “O dinheiro sumiu do mercado”, é uma das explicações plausíveis para ela, além da baixa produção por ocasião da seca nos últimos anos. “Agora começamos a recuperar mercado, mas ainda abaixo do ano passado”, diz.

Lailson Mendes, vendedor de laranja e graviola, diz que vendia de 1 mil a 1.500 mil toneladas por semana, e agora, baixou para 700 t. Como problema ele soma a estrutura do local. “Existe uma grande dificuldade com a mobilidade. Supermercados de grande porte deixam de fazer compras aqui, e vão atrás dos fornecedores. Às vezes é mais cômodo”, conta, apontando a dificuldade de estacionamento e locomoção em horários de pico. Somada a esta questão, ele acredita que a chegada de estabelecimentos comerciais de grande porte, com venda atacada, também influenciaram a queda.

Dificuldades
Para o diretor presidente, Adécio Filho,  Copa do Mundo e as obras de mobilidade urbana afetaram a comercialização. “Só vinha a Ceasa quem realmente tinha negócio aqui. A população deixou de vir”, relata.

As obras de mobilidade na Avenida começaram em outubro de 2013, e ainda não terminaram. Neste período, por vezes o acesso a Ceasa foi interrompido, por ocupação das máquinas na pista. Além do fluxo de veículos da Prudente de Morais não ter mais acesso a Mor Gouveia. Quanto ao problema estrutural, ele vê como uma questão histórica, de dispendiosa solução.   “A Ceasa sempre foi aqui, e com o mesmo espaço. O ideal é um novo local, próximo a marginal da BR-101”, falou, contando como vantagem, também, a não entrada dos caminhões nas vias da cidade.

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