O Ministério Público e o Comando de Policiamento da Capital já estão com o projeto de segurança traçado para o clássico entre América x ABC. Com a intenção de garantir a ordem pública e dar segurança as pessoas que se sentem ameaçadas pelas badernas originadas nas facções organizadas, a PM irá disponibilizar um efetivo de 500 homens para realização do policiamento tanto dentro do estádio, quanto em seus arredores.
O promotor José Augusto Peres, um dos membros da comissão que investiga os desmandos praticados pelas torcidas organizadas, revelou que os distúrbios promovidos nas proximidades ou dentro do estádio serão encarados dentro da letra fria da lei, em outras palavras, serão utilizados os artigos já existentes no Código Penal Brasileiro para punir os baderneiros. “Se alguém for preso por estar causando desordem, vai responder pelo crime e poderá ficar até um ano proibido de comparecer as praças esportivas em dia de jogos. Se além da desordem, ele cometer algum outro tipo de delito, como tomar uma camisa, bandeira ou relógio do agredido, o autor da agressão também irá responder por furto, o que irá agravar ainda mais a situação do infrator”, alertou José Augusto.
Com relação aos fogos de artifícios, os promotores fazem um alerta. “Só vão poder soltar fogos dentro do estádio ou nas proximidades com a autorização do Corpo de Bombeiros. Se não houver essa autorização, por escrito, não existirá qualquer hipótese de permitimos os espetáculos pirotécnicos”, ressaltou Peres.
O Comamndante do Policiamento da Capital, coronel Benedito Guilherme Sobrinho, não quer deixar brechas para ação dos bardeneiros e promete um forte esquema de segurança para prevenir qualquer tipo de tumulto no clássico do próximo domingo. “Vamos começar a trabalhar cedo, iremos inclusive acompanhar as carreatas que as duas torcidas estão programando. A Rocam vai acompanhar todo trajeto com a determinação de abordar qualquer pessoa que se exceda na comemoração”, antecipou.
O trabalho da Rocam será estendido aos bairros onde costumam ser registrados confrontos entre torcidas e nos pontos de apedrejamentos aos coletivos.
Serão formados cordões de seguranças em algumas ruas próximas ao Machadão, onde vão ser apreendidos qualquer tipo de material que possa colocar em risco a integridade física de outra pessoa. Nos portões do estádio, policiais irão trabalhar munidos com detectores de metais para impedir que alguém consiga assistir a partida com armas. Domingo também alguns PMs vão trabalhar a paisana, infiltrados entre os torcedores, para identificar os responsáveis pelos tumultos nas arquibancadas.
