Marco Carvalho – repórter
O Ministério Público Estadual investigará um suposto atraso nas obras do Ecocentro. O inquérito civil ficará a cargo da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público da Comarca de Natal. A promotora Danielli Christine de Oliveira Gomes Pereira requisitou ao Gabinete Civil do Estado informações sobre o valor da obra e a previsão de conclusão.
A informação consta na portaria nº 068/2011, publicada no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira, 7. No documento, a promotora Danielli requisita as seguintes informações: “ a) O contrato/convênio para a construção do ECOCENTRO do IDEMA foi firmado entre quem? b) Qual o valor inicial dos custos previstos para a obra e qual o valor total efetivamente gasto? c) Qual a data prevista para o recebimento da obra? A previsão foi cumprida? Em caso negativo, quais os motivos que geraram o atraso e qual a nova data prevista para a entrega do prédio?”
#SAIBAMAIS#No dia 23 de dezembro de 2010, a reportagem da TRIBUNA DO NORTE visitou a obra – situada na Avenida Alexandrino de Alencar, próximo ao Ibama -, e já havia constatado o atraso. “As obras do Centro de Convivência Ambiental em Natal estão paradas. O Ecocentro, como é chamado, já custou mais de R$ 5 milhões aos cofres públicos e a previsão de ser finalizado ainda este ano não será cumprida. A TRIBUNA DO NORTE esteve no local abandonado, com o canteiro de obras vazio, sem segurança e constatou o atraso no andamento da construção. O espaço que servirá para gerir a reserva ambiental do Rio Grande do Norte, agora cria larvas do mosquito da dengue na lagoa existente no centro de umas das estruturas inacabadas”, dizia a matéria intitulada de “Obras do Ecocentro estão paradas”.
Na oportunidade, o Idema alegou um atraso no convênio para justificar o andamento da obra. “A Petrobras está entrando com grande parte dos recursos da obra e nós estamos esperando um novo acordo para a parte final do Ecocentro”, disse o assessor técnico Fabrício Amorim
Segundo informações do órgão estadual de Meio Ambiente, o convênio está passando por análise na assessoria jurídica da Petrobras. “Assim que liberado o recurso, dou no máximo quatro meses para a conclusão e entrega do local. O que está faltando é o acabamento, como a montagem de condicionadores de ar e a parte de urbanização”, esclareceu Fabrício ainda em dezembro.