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MST ameaça invadir sede da Governadoria durante manifestação

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Os integrantes do Movimento Sem Terra (MST), acampados desde segunda-feira (28) em frente ao Centro Administrativo, ameaçaram invadir há pouco a sede do Governo do Estado. A tropa de choque da Polícia Militar estava no local, mas não houve necessidade de intervenção porque a ameaça não se cumpriu e a mobilização seguiu para o pátio externo do prédio da Escola de Governo, onde a governadora Rosalba Ciarlini estava participando do anúncio do programa Selo Unicef.

Após o ato na Escola de Governo, os manifestantes seguiram para a Secretaria de Agricultura, onde seriam recebidos pelo secretário de Reforma Agrária, com a promessa de que Rosalba Ciarlini também participaria do encontro. De acordo com Hildebrando Silva de Andrade, um dos representantes do MST, a reunião já estava prevista e o grupo estava pedindo pela presença da governadora.
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Eles estão acampados no Centro Administrativo desde a tarde da segunda-feira, numa tentativa de pressionar o governo estadual a cumprir uma pauta de 12 pontos, que foi entregue à governadora em maio deste ano, quando o MST acampou no mesmo local por duas semanas.

Um dos representantes do MST, Hildebrando Silva de Andrade, disse que os trabalhadores rurais sem terra reivindicam infraestrura para os assentamentos rurais no Rio Grande do Norte, como instalação de escolas, postos de saúde, perfuração de poços tubulares e projetos na área de educação. “Essa é uma pauta antiga, que foi apresentada em todas as mobilizações e não negociada, o governo ficou jogando de Secretaria para Secretaria, mas nada foi empenhado”, afirmou Hildebrando Silva, que fala sobre a estratégia de pressionar o governo a atender o MST: “Estamos esperando de mais companheiros vindos do interior para engrossar fileiras e só vamos sair daqui com a pauta atendida”.

O secretário estadual de Reforma Agrária e Legalização Fundiária, Rodrigo Fernandes, disse que o governo nunca fechou o diálogo com o MST,  inclusive atendeu alguns pontos, como a ordem de serviço que a governadora assinou para a perfuração dos poços, mas em outros, a questão tem de ser discutida com o governo federal, como é o caso da implantação do sistema irrigado da Chapada do Apodi, que está sendo executado pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), que os trabalhadores de terra reivindicam que uma parte seja desapropriada para eles.

Mesma coisa em relação a desapropriação da fazenda Terra Nova, no município de Ielmo Marinho, que em 2010 foi declarada produtiva pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), mas que o MST pleiteia a sua desapropriação, enquanto a possibilidade é a sua aquisição pelo programa do Crédito Fundiário, onde o agricultor familiar pode adquirir sua terra através de financiamento bancário, o que não está sendo aceito pelo MST.

Principais pontos da pauta do MST
-Desapropriação da fazenda Terra Nova (Ielmo Marinho), ao invés de sua compra pelo crédito fundiário.
-Criação de 180 turmas do programa de Ensino de Jovens e Adultos (EJA) e de ensinos médios e fundamental.
-Ampliação do Programa Saberes da Terra, que hoje só tem duas turmas em Pureza e Ceará Mirim.
-Perfuração de dez poços tubulares.
-Implantação do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da Emater.
-Instalação de dois dessalinizadores no assentamento rural Olga Benário, em Mossoró.
-Conclusão da pavimentação de duas estradas em Mossoro-Tibau.
-Disponibilização de kit de primeiros socorros para os assentamentos rurais.

Atualizada às 11h36

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