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MST invade fazenda de Cachoeira

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Brasília (AE) – A Fazenda Gama, do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi invadida por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Movimento de Apoio aos Trabalhadores Rurais (MATR). A assessoria do MST informou que 800 famílias entraram na propriedade. Elas querem uma reunião com o governador do Distrito Federal (DF), Agnelo Queiroz (PT), para tratar da desapropriação.

A área da fazenda é de 4.093 hectares. De acordo com a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que investigou as ações do contraventor, 35% de seu território foram adquiridos em dezembro de 2010 pelo grupo formado por Cachoeira, Cláudio Abreu, ex-diretor da construtora Delta no Centro-Oeste, e pelo empresário Rossine Aires Guimarães. Utilizando os documentos da PF e suspeitas da CPI do Cachoeira, os invasores alegam que a área é pública.

Cachoeira está preso desde o dia 29 de fevereiro, acusado de comandar uma rede de caça-níqueis em Goiás e na região próxima a Brasília e de ter montado um esquema de corrupção de políticos e agentes públicos.

Governador pagou a delator do esquema

Brasília (AE) – O extrato bancário do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, encaminhado à Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CMPI) do Cachoeira mostra que o petista pagou R$ 7,5 mil para o policial militar João Dias Ferreira no primeiro semestre de 2008. O soldado foi o delator do esquema envolvendo irregularidades no repasse de verbas do Ministério do Esporte para organizações não governamentais ligadas ao PcdoB. Agnelo Queiroz comandou a Pasta entre 2003 e 2006.

Os dados foram remetidos à CPI pelo Banco de Brasília (BRB), após o depoimento do governador na comissão que investiga as relações políticas do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Agnelo autorizou a quebra de seu sigilo bancário, fiscal e telefônico.

Segundo o BRB, Agnelo fez três transferências de R$ 2,5 mil cada para o soldado. A primeira em 01 de fevereiro de 2008, a segunda em 4 de março do mesmo ano e a última em 31 de março.

Os dados levantados pela CPI mostram também o depósito de R$ 5 mil feito pelo lobista Daniel Almeida Tavares, ligado ao laboratório União Química, na conta de Agnelo Queiroz.

Os parlamentares que integram a CPI tiveram acesso ainda aos dados das contas do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Em nota, o governador do Distrito Federal informou que as operações financeiras com João Dias Ferreira dizem respeito à compra de um veículo usado – Honda Civic, modelo 2006/2007.

A transação financeira teria sido feita em fevereiro de 2008, mediante a entrega de 10 cheques nominais pré-datados, mas acabou desfeita pouco mais de dois meses depois, com a devolução do carro e a restituição dos cheques.

A assessoria do governador do Distrito Federal sustenta que a operação é absolutamente legal e que o governador não tentou escondê-la e ofereceu seu sigilo à Comissão Parlamentar de Inquérito.

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