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MST quer melhorias em acampamento

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PROTESTO DO MST - Trabalhadores fecharam a BR-101 na manhã de ontemTrabalhadores do Movimento Sem Terra (MST) interromperam por  toda a manhã de ontem a BR-101, no km 159, em Canguaretama, reivindicando melhores condições de sobrevivência nos acampamentos e a desapropriação de 32 fazendas no Estado. A rodovia foi fechada com galhos de árvores e só foi liberada após a marcação de uma reunião com órgãos públicos, para a tarde de hoje.

Cerca de 200 famílias, participaram da movimentação. Os trabalhadores vieram de várias cidades, como Baía Formosa, Montanhas, Goianinha, Pedro Velho e Nova Cruz. Após interromperem os dois sentidos da pista, por volta das 7h,  os trabalhadores causaram engarrafamentos de cerca de 2km. Os motoristas esperavam irritados, enquanto a promessa dos Sem Terra era de não saírem enquanto não fossem atendidos.

Fora os transtornos, o movimento acabou sendo pacífico, apesar de alguns exibirem foices e outras ferramentas pesadas. Homens da Polícia Militar acompanhavam o movimento de perto, evitando qualquer excesso ainda maior, enquanto a Polícia Rodoviária Federal tentava negociar a liberação das pistas.

Os manifestantes cobravam o cumprimento de promessas feitas pelo governo quando da última movimentação, em outubro do ano passado. “Eles prometeram lonas, caixa d’água, encanação e até agora nada”, disse Francisco Cabral, diretor do Setor de Formação do MST. A estrutura cobrada seria para um acampamento que fica em frente ao local da interrupção, e outro no distrito Riacho Limpo, na cidade de Pedro Velho.

O MST informou que tem uma lista de 32 fazendas improdutivas, cerca de 800 hectares, e pediam para que o Governo do Estado providenciasse as desapropriações. “Nós temos projetos de bovino, caprino, ovino, avicultura e artesanato. Temos o dinheiro em caixa, mas não temos a terra para começar a trabalhar”, disse Francisco Cabral. Uma outra reivindicação era a regularidade na distribuição de cestas básicas, que segundo o MST, atrasa constantemente.

O caminhoneiro Alexandre Barbosa era um da fila dos impedidos de passar. E estava irritado com a manifestação. “O que eles vão conseguir aqui? Por que não  ocupam um órgão público? Eu estou fora de casa há 15 dias, rodando de noite para chegar mais cedo. Chego aqui, tem essa palhaçada”, disse. Alexandre e os colegas só puderam seguir viagem por volta das 11h30, depois que uma reunião marcada para hoje, às 14h, na sede do Incra. Irão participar ainda representantes da Emater, Seara e Governadoria.

 Uma funcionária do Incra informou que o superintendente Paulo Sindey estava em viagem a trabalho, à Cidade de Cerro Corá. Mas adiantou que a  superintendência do órgão não concorda com este tipo de movimentação, pois sempre está aberto para negociações com os Sem Terra. A reportagem da TRIBUNA DO NORTE não conseguiu entrar em contato com Paulo Sidney, que no início da noite, ainda estava viajando. 

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