sexta-feira, 19 de abril, 2024
26.1 C
Natal
sexta-feira, 19 de abril, 2024

MST volta a invadir fazenda de mil hectares em Santa Catarina

- Publicidade -

Militantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) voltaram a ocupar a fazenda
Chapecozinho II, neste sábado (17), no município de Xanxerê, oeste de
Santa Catarina. A área, de 1.086 hectares, já havia sido invadida em
2016 e transformada em acampamento, mas os sem-terra foram despejados
numa ação da Polícia Militar em novembro de 2017. O MST alega que a
propriedade já foi adquirida pelo Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária (Incra) mas há demora na destinação para assentamento.

De acordo com a Polícia Militar de Xanxerê, cerca de 250 integrantes do
MST se instalaram na fazenda e iniciaram a montagem de barracos.
Advogados da família Prezzotto, dona da área, devem entrar nesta
segunda-feira (19) com pedido de reintegração de posse na justiça. A PM
aguarda determinação judicial para realizar nova operação de
reintegração de posse, caso seja autorizada. O MST alega que o despejo
anterior foi realizado de forma violenta e sem levar em conta que os
acampados tinham 200 hectares de lavouras plantadas na área. A produção
foi perdida.

O MST informou que o acampamento Marcelino Chiarello, atingido pelo
despejo anterior, volta a ser instalado na área. Conforme o movimento, o
Ministério Público Federal (MPF) foi acionado para que seja verificada a
situação das terras. “As famílias retomam a área em tom de denúncia,
pois o Estado foi ágil para usar da violência e despejar as famílias,
mas moroso para dar andamento à definição de áreas para a reforma
agrária”, informou, em nota.

A Superintendência Regional do Incra em Santa Catarina informou que a
Fazenda Chapecozinho II, em Xanxerê, foi desapropriada pela União em
1982 e, no processo de regularização fundiária, foi repassado a cinco
produtores rurais da família Prezzotto. Como o pagamento pela área não
foi efetuado integralmente, o Incra solicitou em 2016 o cancelamento dos
títulos de domínio. O processo administrativo ainda está em trâmite, na
sede do Incra, em Brasília, mas é contestado pelo família Prezzotto.

Estadão Conteúdo

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas