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Mudança de aeroporto afeta táxis

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Igor Jácome e Karla Larissa
repórteres

As mudanças estão próximas, porém as informações ainda são escassas. Previsto para o próximo dia 22, o início das operações Aeroporto Governador Aluísio Alves, em São Gonçalo do Amarante, causará impactos não somente para os passageiros e trabalhadores do novo terminal, como para lojistas e prestadores de serviços do Aeroporto Augusto Severo, em Parnamirim, cuja estrutura de aviação civil será desativada. Insatisfeitos com a falta de informação das entidades que gerenciam os terminais e o tráfego aéreo brasileiro, taxistas e lojistas do aeroporto de Parnamirim participaram ontem (14) de uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.
Taxistas do Augusto Severo protestaram em frente à Assembleia
Eles reclamaram do desemprego que será gerado pelo fechamento do terminal e sugerem alternativas para evitar  prejuízos. Somente os taxistas de Parnamirim investiram cerca R$ 2 milhões, nos últimos três anos, na modernização da frota para a Copa do Mundo. O usuário também sentirá mudanças, inclusive no bolso. O preço da viagem de táxi dobrará para quem for do novo aeroporto para a zona Sul da capital – principal polo de meios de hospedagens – e não reduzirá na mesma proporção para quem tiver destino à zona Norte.

#SAIBAMAIS#A principal reclamação dos taxistas do Aeroporto Augusto Severo é de que, até agora, não receberam sequer uma nota oficial sobre o encerramento das atividades do terminal. De acordo com o presidente da Aerocooptáxi, Marcos Afonso Medeiros da Silva, 95% da frota foi renovada nos últimos três anos, tendo a Copa em vista. “Agora nem sabemos se vamos estar trabalhando na Copa ou não.”, coloca. Juntos, os trabalhadores das duas cooperativas de táxi que atuam no aeroporto investiram cerca de R$ 2 milhões na compra de veículos novos. A maior parte do valor está financiada. “Sem renda, como vamos pagar?”, questiona o secretário da Coopertáxi, Altamir Bezerra. 

Com o fim do terminal, os concessionários deverão ver reduzidos os ganhos mensais. Quando chegou ao Estado há 10 anos, o carioca André Dantas recebeu a oportunidade de se tornar taxista. No final do ano passado, comprou um carro modelo 2014, grande, próprio para o transporte de passageiros com muitas bagagens, mas não sabe como vai quitar a dívida de R$ 60 mil. “A Infraero sempre cobra muito da gente, que tenha carro novo, bom atendimento. Nós já temos experiência. Acho que poderíamos somar com os taxistas de São Gonçalo do Amarante, já que lá as distâncias serão maiores e os táxis ficarão mais tempo fora do aeroporto”, diz.

Porém, para Paulo Roberto de Castro Macedo, diretor geral de Trânsito e Transporte de São Gonçalo do Amarante, os táxis só podem trabalhar no município em que são outorgados. Hoje, exemplifica, os taxistas de São Gonçalo não podem trabalhar em Parnamirim. Mesmo que a demanda exija mais que os 120 que já estão cadastrados no novo aeroporto, o município tem taxistas suficientes para supri-la. “Nossa demanda, considerando a população, é de 100 táxis. Mas o município tem 757. Para o aeroporto, a gente não precisou fazer novas outorgas. São taxistas que já eram cadastrados no município e passaram por cursos e treinamentos”, explicou.

Corridas
A cooperativa do novo aeroporto criou uma tabela de preços fixos para as diferentes regiões de Natal. O presidente da  cooperativa dos taxistas do Aeroporto Aluísio Alves, José Anchieta Martins argumentou que os preços serão mais vantajosos, mas que a opção pelo taxímetro também será disponibilizada aos clientes. Mesmo assim, o valor de uma corrida para a zona Sul da capital, que concentra a maior parte da rede hoteleira da cidade, vai passar dos atuais R$ 38 para R$ 76 (o dobro).

O preço para outras regiões da cidade também deve aumentar. Quem sair do novo aeroporto para a zona Norte deverá terá o benefício de pagar menos que a média dos R$ 63 atuais. Porém a redução não é tão expressiva como no caso anterior. O preço tabelado para qualquer parte da zona Norte deve custar R$ 50.

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