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Mudança para área livre da aftosa em 2010 é inevitável

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Sílvia Ribeiro Dantas – repórter

É inevitável que o Rio Grande do Norte receba a classificação de área livre da febre aftosa em 2010. A afirmação foi feita pelo diretor do Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária (Idiarn), Romildo Pessoa. A mudança é esperada pelos criadores do estado desde o segundo semestre do ano passado e um dos motivos da urgência em fazer com que o estado seja reclassificado ocorre pelo Brasil precisar estar livre da doença até o final deste ano, sob pena de ter suspensos contratos com países importadores de carne brasileira, como a Rússia e alguns do continente europeu.

De acordo com Romildo Pessoa, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) agendou para o próximo mês de março uma visita ao estado, com o intuito de realizar um levantamento sorológico do rebanho potiguar. Além disso, ele afirma que o RN deverá ser o primeiro reclassificado, dentre os sete estados nordestinos que atualmente são área de risco médio. “O levantamento é a primeira etapa para que efetivamente o estado seja classificado como área livre da aftosa com vacinação e tenho plena convicção de que até o meio deste ano estaremos prontos para a mudança”, enfatiza o diretor do Idiarn.

A mesma expectativa é demonstrada pelo diretor de Relações Públicas da Associação Norte-riograndense de Criadores (Anorc), Marcelo Abdon. Para ele, a reclassificação dos estados nordestinos já deveria ter sido realizada há bastante tempo Segundo Abdon não existe uma justificativa para a maior parte da região ainda ser considerada área de risco médio. “O clima do Nordeste não é propício para a disseminação da febre aftosa e já faz mais de 10 anos que não é registrado sequer um caso da doença no RN”, aponta.

O diretor da Anorc explica que a nova classificação permitirá ao rebanho potiguar, formado por cerca de 900 mil cabeças de gado, o trânsito em todo o país sem qualquer sanção. Na prática, os produtores do estado serão beneficiados no que diz respeito ao melhoramento genético de seus animais. “O rebanho norte-riograndense pode ser considerado bem pequeno não exportaremos carne tão cedo. O que temos de destaque é mesmo a qualidade genética do rebanho e isso será ainda mais fortalecido quando passarmos a ser área livre de aftosa”, prevê  Marcelo Abdon.

Nordeste

Atualmente, na região Nordeste os estados do Ceará, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão e Pernambuco integram a área de risco médio para a doença na região Nordeste. Sergipe e Bahia são classificados como livres de aftosa com vacinação.

O RN passou de área de risco desconhecido da aftosa para risco médio durante o segundo semestre de 2008. Dentre os pontos que necessitam de análise para uma nova classificação estão a realização de duas etapas da campanha de vacinação contra a aftosa,  a capacidade do estado em controlar a doença,  a sorologia dos animais, além do isolamento da doença no estado, através do cadastramento e mapeamento dos rebanhos existentes, bem como das áreas onde vivem.

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