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Mulheres empreendedoras inovam mais do que homens, diz pesquisa

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As mulheres empreendedoras são mais inovadoras do que os homens. É o que revela uma pesquisa realizada pelo Sebrae e Fundação Getúlio Vargas, na última semana de agosto passado. A sondagem constatou que diante dos impactos da pandemia provocada pelo novo coronavírus (Covid-19), as mulheres reagiram mais rapidamente e implementaram inovações nos seus negócios. Mais de 70% das mulheres marcam presença na internet e faz uso das redes sociais e aplicativos para vender seus produtos e serviços, enquanto que 63% dos homens ouvidos na pesquisa se utilizam das ferramentas digitais. Essa competência das empreendedoras também foi constatada na adoção de estratégias para melhorar as vendas, como o ingresso no sistema de delivery e na melhoria e oferta de produtos e serviços para atender ao cliente.
Diante do fechamento temporário de lojas, especialmente em shopping centers, e do isolamento social, dentre outras medidas de prevenção adotadas, muitos donos de negócios tiveram que se reinventar para enfrentar as crises sanitária e econômica. Este foi o caso da empresária Alcyone Nóbrega, que há quase uma década instalou num dos shoppings da capital uma brinquedoteca, que garantia diversão para as crianças e tranquilidade aos pais, enquanto estavam no centro de consumo. A Brinkids foi ganhando mercado e ampliando sua oferta de serviços, como a realização de festas infantis e colônias de férias para a criançada.
Graduada em Administração, Alcyone colocou em prática seu aprendizado e ousou com a oferta de serviços até então inexistentes no mercado local, adquirindo pequenas cabanas e tendas para alugar para as festas de pijama, um encontro que consiste em reunir, numa mesma casa, várias crianças para brincarem vestidas com roupas de dormir e depois sonharem juntas, cada uma na sua cabana. Para realizar as festas infantis, Alcyone conta com a parceria de outra microempresa, a Douce di Maria, que fornece bolos, doces, salgados e guloseimas. Desde o ano passado, a empreendedora criou o serviço de DJ cujo aniversariante fica responsável pela seleção da play-list com as músicas preferidas e que irão bombar na festa.
Festa na caixa
No primeiro mês em que se instalou a pandemia, Alcyone Nóbrega passou a oferecer os kits de festas virtuais, com todo o aparato de decoração com balões e peças temáticas, além do buffet, tudo montado na casa do cliente. Também oferece o “cupcake da amizade”, um bolinho que é distribuído entre os amigos do aniversariante e consumido durante a conexão da festa virtual, que tem duração de até uma hora. De forma pioneira, a Brinkids lançou o projeto Festa na Caixa, que é entregue na casa do cliente numa caixa gigantesca fechada com um laço, remetendo a um pacote de presente. “É um momento surpresa, em que a criança vivencia toda a emoção do dia do seu aniversário”, explica Alcione, lembrando que criou a caixa “Chá de Revelação” para atender as grávidas que pretendiam anunciar o sexo do seu bebê para as amigas e momento festivo.
Além da Festa na Caixa, que também virou surpresa para adultos, inclusive idosos, foi lançado pela empresária neste ano o “Carrinho Gourmet”, que carrega surpresas temáticas, como festas de boteco e outros temas. “A pandemia nos trouxe muitos desafios, mas também oportunidades para nos reinventar. Hoje temos um leque maior de ofertas, como a festa na caixa, que pretendemos levar para as escolas, por ser um produto compacto, prático e que cabe no bolso dos pais que desejam marcar em pequenos grupos as datas importantes para a família”, afirma Alcyone.
Comida de verdade
Há cinco anos atuando no segmento de alimentação saudável, principalmente para bebês à partir dos seis meses, a jornalista pós-graduada em nutrição materno-infantil, Nathália Gröner Coronado, precisou adotar algumas mudanças para manter o propósito da sua empresa, a Petit Poti: produzir e incentivar uma introdução alimentar saudável, natural e simples. “Somos defensoras da comida de verdade, desde a introdução alimentar na vida dos bebês”, resume.
Nathália Coronado inovou com o curso da Petit Poti virtual e ganhou clientes no Brasil e até no exterior
Com um cardápio de mais de 40 opções de comidas saudáveis, frutas tropicais, sopas encantadas e os coloridos e apetitosos cubos individuais para bebês, a partir dos 6 meses, a Poti Petit funciona numa loja de rua no bairro do Tirol, em Natal, com uma cozinha industrial, uma loja aonde são comercializadas comidas e acessórios culinários, o restaurante para bebês, além da cozinha experimental, na qual são realizados os cursos de introdução alimentar. Além do serviço de delivery próprio, que já funcionava antes da pandemia, a Petit Poti passou a atender a clientela via drive-thru e a oferecer os cursos online. O menu Petit Poti é elaborado para três ciclos: bebês a partir de 6 meses; aos 9 meses, período em que há o estímulo à mastigação, e a partir de 1 ano de idade.
Nathália Coronado explica que com a chegada da pandemia teve que fechar o restaurante para bebês e suspender os cursos presenciais, que aconteciam duas vezes por mês. No início, o curso foi gravado em vídeo, visando atender as duas turmas que já estavam fechadas por grupos de mães. “Agora nós temos o curso online e estamos atendendo as mães de Natal e de todo o Brasil. Inclusive, temos tido a participação de brasileiras que moram no exterior”, conta a empresária, lembrando que a demanda pela “comidinha saudável” vem aumentando e a empresa conquistou um novo público: clientes que estão comprando a comida da Petit Poti para idosos.
Agência Sebrae de Notícias

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