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Mulheres sem candidato

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Woden Madruga

Na coluna de sábado que passou, “As mulheres falam”, toquei no fato de que, apesar da maioria do eleitorado brasileiro ser de mulheres (52,5%), apenas duas são candidatas a presidente da República disputando a parada com 11 candidatos homens. São dados do próprio Tribunal Superior Eleitoral. Na corrida para o Congresso (Câmara e Senado) a diferença ainda é bem maior, a começar pela composição das duas casas. No Senado, a bancada feminina tem apenas 13 senadoras, enquanto os senadores são 68. Na Câmara Federal, a diferença também é muito grande: 468 deputados e somente 45 deputadas. Como gosta de afirmar o mestre Gaspar, está provado que mulher não vota em mulher.
Novos fatos confirmam essa teoria do reitor do Cova da Onça. Dando uma passada ontem pelas páginas da Internet li na coluna BR-18, do Estadão, esta nota com o título “Mulheres sem candidato”. Leia:

– Mais de 40 Milhões de eleitoras ainda não têm candidato a presidente, segundo reportagem de O Globo a partir do percentual de eleitoras que, em pesquisas espontâneas, diem ainda estar indecisas. Este grupo, que representa 27% do total do eleitorado, pode definir quem vai ao segundo turno, o que deverá exigir uma estratégia específica para atingi-lo por parte dos candidatos. ”

Procurei, então, a reportagem em O Globo, que tem o título “Entre as mulheres, 51% ainda estão sem candidato a presidente” e, o subtítulo: “Quase 40 milhões de eleitoras estão indecisos ou pretendem votar em branco ou nulo”. A matéria é assinada pelos repórteres Danielle Nogueira, Miguel Carballero e Marcello Corrêa.  Destaque algumas passagens, começando pelo começo:

– A duas semanas do primeiro turno, o número de mulheres sem candidato a presidente é elevado: na pesquisa Datafolha da última quinta-feira, ao responder de forma espontânea à pergunta “em quem você vai votar? ”, 51% delas afirmaram ainda não saber (38%) ou pretender votar nulo ou braço (13%), o que corresponde a 39,4 milhões de eleitoras. Na ponta do lápis, para cada homem sem candidato, há duas mulheres na mesma situação. A pedido do Globo, o Datafolha mapeou seu perfil sócio econômico. O resultado revela que 45,3% moram no Sudeste e 54% ganham até dois salários mínimos por mês.

– Este grupo, que totaliza 27% de todo o eleitorado, pode definir quais candidatos irão para o segundo turno, o que vai exigir dos postulantes à Presidência esforço redobrados para conquistar sua confiança na reta final. Na avaliação dos cientistas políticos, os dados detalhados da pesquisa refletem a frustração com os políticos e o pragmatismo do eleitorado feminino de baixa renda, que ainda não conseguiu identificar entre os candidatos uma resposta aos seis anseios.

– Tradicionalmente, o eleitorado feminino costuma decidir seu voto perto do dia da votação, na comparação com os homens. A mesma pesquisa apontou percentual de 51% das eleitoras indecisas ou que votarão branco ou nulo, revelou que, entre os homens, o índice era de 29% (20,2 milhões). Em junho, esse percentual era de 80% entre as eleitoras e 58% entre o público masculino. Quanto a menor renda, é maior o número de mulheres que não indicaram um nome na pesquisa espontânea.

– Na radiografia por região, o Nordeste vem em segundo lugar (26,4%), acima da região Sul (14,2%), e as regiões menos populosas, Norte (7,6%) e Centro-Oeste (6,3%). Se observado o grau de urbanização das cidades onde as “ sem voto” estão, a pesquisa indica que 60% estão no interior e 40% nas capitais e outras regiões metropolitanas. ”

Livro
Anote em sua agenda: sábado que vem, 29, o Sebo Vermelha, lançará uma nova edição do livro de Lenine Pinto, Natal, RN, que foi publicado pela primeira vez em 1975, com o selo da Gráfica do Senado.

E um livrinho-livrão, coisa de umas 60 páginas (fica em pé, sim), crônica deliciosa sobre Natal dos anos 40, 50 e seus personagens reais e fantásticos, que se lê de um folego só, pedindo mais. 

Entre os fatos narrados por Lenine, lembro o inesquecível encontro do governador Alberto Maranhão, de volta à Natal, com Newton Navarro e Albimar Marinho, num dos bares da Ribeira, bem próximo ao teatro que ele construiu (fechado pelo atual governo)  Alberto Maranhão descrevia a Ribeira do começo do século: “Era um espelho (…) aqui vivia a nata”. O governador falando e degustando um “cheri brandy”, servido gentilmente por Ovídio. Numa mesa ao lado, Ticiano Duarte ouvia atento.

Uma Natal que dá uma saudade danada.

Cadê os CDs? 
Deu na coluna de Ancelmo Gois, de O Globo:

– Veja como é dura a vida dos CDs, que, embora sejam uma mídia “nova” no Brasil, como pouco mais de 30 anos, já agonizam. Como as lojas de discos estão fechando, o CD passou a ser vendido em livrarias. Mas a crise das redes Saraiva e Cultura afetou essa alternativa. Tem uma gravadora com R$ 250 mil a receber.

Osman Lins 

Notícia boa para as amantes da boa literatura: A Editora da Universidade Federal de Pernambuco está lançando a segunda edição, num só volume, de dois livros do escritor Osman Lins (1924/1978): Do ideal e da glória, de 1977, e Evangelho na taba, obra póstuma publicada em 1979.

Osman Lins, dos grandes nomes da literatura brasileira (romancista, contista, ensaísta, dramaturgo) é pernambucano. Fez parte da mesma geração de Ariano Suassuna e Hermilo Borba Filho.

Cultura  

O empresário Antônio Gentil (Gentil Negócios) participa hoje à tarde (a partir das 16 horas) da reunião do Conselho Estadual de Cultura. Vai falar sobre o Instituto Gentil, que ele criou  em  Campo Grande, a terra onde nasceu, responsável por vários projetos culturais que servem de exemplo para todo o Estado.
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