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Municípios vão receber ajuda de R$ 3 bilhões

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Brasília (AE) – Em encontro tenso com prefeitos de todo o País, a presidente Dilma Rousseff anunciou ontem o repasse de R$ 3 bilhões, em duas parcelas, em agosto deste ano e abril de 2014, para aliviar as dificuldades dos municípios em pagar despesas de custeio. A série de anúncios do governo de distribuição de recursos, após a onda de protestos de ruas e a queda da popularidade da presidente, já ultrapassa R$ 70 bilhões – a maior parte do dinheiro será gasto em melhorias nas áreas de mobilidade urbana e saúde, principais reivindicações dos manifestantes. Para manter as promessas e diante do risco de ameaça da meta fiscal do governo, técnicos do Planejamento e do Tesouro Nacional começaram a fazer ajustes e análises de contas.

A dor de cabeça dos técnicos e os anúncios de repasses de dinheiro se avolumam no mesmo ritmo das dificuldades de comunicação e de jogo de cintura de Dilmas. Ao anunciar na XVI Marcha em Defesa dos Municípios o repasse para o custeio das prefeituras, a presidente esqueceu de dizer que a ajuda equivalia a um reajuste do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), como pediam os prefeitos. Num discurso de 30 minutos, ela não explicou que o Auxílio Financeiro aos Municípios (AFM), instrumento que segue as regras de repasse do FPM, no valor de R$ 3 bilhões, equivalia a 1,3% de reajuste do fundo. Os prefeitos não entenderam o discurso da presidente e não economizaram nas vaias.

Quando os prefeitos perceberam que ela terminava o discurso sem citar a questão do FPM, como pensavam, a presidente reagiu e disse que tinha feito o programa Mais Médicos para bancar profissionais brasileiros e estrangeiros no interior e nas periferias, atendendo queixas dos municípios. “Vocês são prefeitos como eu sou presidenta. Vocês sabem que não tem milagre. Quem falar que tem milagre na gestão pública sabe que não é verdade”, disse, irritada. “Agora, nós precisamos fazer um esforço muito grande para atender aquilo que é emergencial.”

A plateia ficou dividida. Uma parte vaiava e fazia acenos com o polegar para baixo e outra tentava acalmar os ânimos. Dilma manteve a postura dura diante de gritos. Com semblante fechado e corpo reto, ela desceu do palanque em meio aos gritos da plateia. Para evitar as típicas advertências da presidente, os assessores do Planalto e os seis ministros presentes não se aproximaram dela para tentar desfazer o mal-entendido.

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