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Musa das harpas

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Rubens Lemos Filho
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Nasci para espectador pela absoluta ausência de brilho protagonista de ator, jogador, poeta, cantor, compositor. Sou, pelo escasso mérito de observador,  exigente. Pelo  que pude contemplar e pelos dias atuais absolutamente paupérrimos de atitudes genuínas e humanos talentosos.

Na minha clausura espiritual, espaço para o vício do cinema e da leitura. Fui dominado por filmes em  DVDs, fazia deles tesouro a cada viagem onde visitava lojas e sebos   apenas para encontrá-los. Eu e os shoppings centers, por sinal, nos antipatizamos.

E foi de forma tão gentil quanto impessoal que a vendedora do Pátio Brasil em Brasília me apontou a galeria de minisséries globais transformadas em DVDS. “O senhor – talvez pela minha cara de velho  -, precisa levar esta coleção aqui: é maravilhosa”.

Estava lá, entulhada, Presença de Anita, com Mel Lisboa, exibida 20  anos atrás. “Quero não, senhorita, porque ela é uma presença que irrita”.

Perplexa como os traídos e enganados, a jovem não entendeu. Fui explicar: “Anita não tem sensualidade, é artificial, falsa, é um erotismo sem feitiço.”

Despedi-me educadamente sem explicar o porquê da minha convicção. Pude  assistir, no Canal Brasil, de TV por assinatura, o filme Pais e Filhos, de 1971. Com direito a Procópio Ferreira num dos papéis. Procópio era pai de Bibi Ferreira e por aí vocês calculem a geração dele. Procópio nasceu em 1904 e morreu em 1980.

Mas vamos ao que interessa na história e no sentido deste texto: Havia e há, uma loura enigmática, olhar glacial e fulminante, linda e monossilábica, fruto de um amor bem feito. Falava pouco, não tirou a roupa um só minuto, mas me conquistou.

Suspeitei de quem se tratava, mas esperei pelos créditos para confirmar. Era ela, Odete Lara, musa dos tempos em que jogavam futebol Pelé, Rivellino, Gerson, Edu do Santos, PC Caju, Ademir da Guia e Tostão.

Se Anita é puro artificialismo, Odete Lara  monopolizou  a beleza natural vestida de veneno. Ela, sim, um verdadeiro anjo. Morreu aos 85 anos em 2015, musa das harpas.

Econômico
William Anicete, novo atacante do ABC fez 33 gols em 11 anos de carreira. Econômico. Em 1983, Silva fez 32 e Marinho Apolônio,31.  A média de Anicete é de massagista improvisado de centroavante:0,03% de gol ao ano.

Donzelo 

Em 2020 , pelo Tombense(MG), passou donzelo, ficou no zero. E no Salgueiro, conseguiu marcar três vezes. Será esse um dos homens responsáveis pela devolução da alegria à Frasqueira. Talvez por isso chegou (coincidência, do Central, ex-time de Sílvio Criciúma), Leandro Soares.

Quem sabe

Wallyson joga por todos os homens de frente do ABC. Ocorre que o Mago ao pisar o gramado e olhar as companhias, fica no dilema do sujeito que vai à primeira balada, roupa nova, animado e, ao chegar, só encontra bagulho.

Helitão

Novo zagueiro alvinegro exibe a estampa dos velhos homens de defesa. Helitão é massa corporal de segurança de boate. Mas pode ser o nome capaz de botar moral na defensiva do ABC.

América no YouTube

O Canal do Mecão, no YouTube, prevê transmissão  hoje às 15 horas, do amistoso do América contra o CSP da Paraíba.

Rodado

Tem trecho de estrada, o volante Serginho, que estava pelo Paysandu e foi contratado pelo América. Aos 32 anos, jogou por 15 clubes do Brasil e Exterior. Importante é que jogue bem no América.

Tino e Sérgio

Suavidade. Sensibilidade. Senso tático ao decifrar uma notícia. Assim ainda é Tino Marcos, o grande repórter esportivo que vai parar .  Temos um Tino em Natal e ele é Sérgio Murilo de Farias.

Cronista na TV

Sérgio Farias, TV Assembleia, olhar e texto de cronista, não de poeta. Sérgio  faz do voo de uma águia, reportagem perfeita na analogia com o cotidiano. Sérgio é desperdício no universo antológico de reportagem local. Antológico de antas, que fique bem claro.

Seletivo

No dia 6 de fevereiro de 1974, 47 anos completados ontem, ABC e América empatavam em 0x0 na abertura do Seletivo que definiria o representante local no Campeonato Brasileiro. Público pagante de 25.349 torcedores.

Times ABC: Erivan; Sabará, Valter Cardoso, Telino e Anchieta; Nilson e Soares; Libânio (Baltazar), Alberi, Jorge Demolidor e Morais (Jaime). Técnico: Ivan Navarro. América: Ubirajara; Ivan Silva, Scala, Mário Braga e Cosme; Paúra e Romualdo (Afonsinho); Almir (Ronaldo), Washington, João Daniel e Gilson Porto. Técnico: Sebastião Leônidas.

Rodriguinho

Curado da Covid-19, o potiguar Rodriguinho, meio-campista, tenta reconquistar a confiança da torcida do Bahia. Sua vida particular é monitorada, o que é inaceitável, mesmo sendo Rodriguinho um antipático oscilando para o desligado. Com vontade, seria titular do Brasil, pois esbanja técnica.

Ingratidão

Rodriguinho está entediado. Chegou a ganhar 700 mil reais no Cruzeiro, mixaria reduzida a parcos cerca de 300 mil no Bahia. Rodriguinho está com aposentadoria de nababo. Por maior vergonha que sinta, terá de aceitar: começou no futsal do ABC.
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