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“Música sertaneja não é meu estilo”

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Yuno Silva
repórter

No início da carreira, aos oito anos, ela cortou lenha no mato e ficou nacionalmente conhecida como Maria Chiquinha. Protagonizou série de televisão e dividiu o palco por dezessete anos com o irmão. Filha de um cantor sertanejo famoso, a garotinha cresceu, mudou o estilo musical, cortou os cabelos e arrancou suspiros dos marmanjos em recente campanha de cerveja. Pela primeira vez em Natal como artista solo, Sandy Leah Lima, ou simplesmente Sandy, apresenta o show “Manuscrito” hoje, às 21h, no Teatro Riachuelo.

Aos 28 anos, Sandy virou musa de cervejaria e declarou não ser fã do sertanejo. A menina cresceu, e está em busca de novas sonoridades como o folk rock,  que ela mostra logo mais no Teatro Riachuelo.Os ingressos estão a venda na loja Elementais (Midway Mall) por R$ 120 (cadeira, frisas e camarotes) e R$ 100 (pista) – estudantes, professores e idosos pagam meia entrada.

Apostando em um clima pop e intimista, a cantora de 28 anos está em plena turnê pelo Nordeste onde mostra seu lado compositora. Com direção geral do irmão Júnior, e produção musical assinada pelo marido Lucas Lima (do grupo Família Lima), o show traz canções próprias, como os hits “Pés cansados” e “Quem eu sou”, e versões para músicas de artistas como Lenine, Marisa Monte e a banda Legião Urbana. “Também canto músicas da época da dupla (Sandy e Júnior) durante o show, todas com arranjos novos, para que ficassem com a mesma identidade musical do resto do CD. Está bem uniforme, coerente, inclusive parece que são canções que eu já havia gravado. Ficaram com a minha cara”, garante a cantora.

Lançado em maio do ano passado, o disco “Manuscrito” traz 13 faixas, boa parte delas composta em parceria com Lucas. “Foi muito bacana trabalhar com eles (Lucas e Júnior), existe uma abertura muito grande, liberdade para trocar ideias, ajustar, experimentar. Foram muito fiéis”, analisa a cantora, que vem a Natal acompanhada por André Caccia Bava e Maurício Caruso (guitarras e violões), Eloá Gonçalves (piano e teclados), Alex Heinrich (baixo acústico e elétrico) e Adelino Costa (bateria). Além do conceito musical, ela também faz questão de participar da concepção visual do espetáculo: convidou o cenógrafo Zé Carratu para cuidar da direção de arte, e o ar intimista do palco foi retratado com decoração retrô. A apresentação também inclui projeções de imagens produzidas e intercaladas com o que ocorre no palco.

Simpática e fazendo jus a fama de boa moça, foi a própria Sandy quem ligou para a reportagem da TRIBUNA DO NORTE e concedeu a seguinte entrevista:

Como está a receptividade do seu disco solo “Manuscrito”?

Está muito bacana. Fiquei surpresa com a recepção e aceitação do público, não esperava números como a vendagem de quase 80 mil cópias do CD só no ano passado. Não estava esperando por isso por que não estou fazendo música para vender, pra fazer sucesso. Quero me divertir, fazer uma coisa verdadeira, que eu acredito. Costumo dizer que quero o público que me quiser, e quando eu vejo que o público que está me querendo é grande então fico muito satisfeita, muito feliz.

Esse disco aflora seu lado de compositora…

O disco “Manuscrito” é inteiro autoral. É uma sensação diferente, muito mais gostoso interpretar uma música própria. A gente se apropria dela de outra maneira. Estou gostando de compor. Ainda não comecei a planejar o próximo disco, mas pretendo continuar compondo a maioria das músicas.

É notório um clima mais pop, até folk, nas novas canções, e em recente entrevista no programa do Jô Soares você afirmou que não curte muito a música sertaneja. Acredita que de alguma forma essa declaração causou certa estranheza?

Faz tempo que não faço música sertaneja, então não acredito que tenho um público assim tão fã de sertanejo. Também não ouvi nenhuma reclamação dos fãs. Mas percebi que a mídia ficou surpresa com a declaração, principalmente pelo fato do meu pai (Xororó) e meu tio (Chitãozinho), dos quais sou fã, serem artistas de música sertaneja. Não é meu estilo preferido.

Seu foco hoje é uma música mais puxada para o pop-folk?

Não gosto de rotular, prefiro não limitar, mas tenho sim influência do do pop britânico e do folk, de um pop mais alternativo sem deixar de ser brasileira.  Acho que é uma mistura disso tudo.

Você toca durante o show?

Toco um pouco de piano em algumas músicas, é um instrumento que uso mais para compor. Meu foco é o canto.

Você protagonizou a última campanha para a cerveja Devassa (no período do Carnaval). Como encarou passar de boa moça para ser vista como símbolo sexual?

Bom, a primeira vez que sai numa votação de mulheres sexys eu tinha 16 anos. Hoje estou com 28 e vejo que foi só uma propaganda como outra qualquer. Acho que chamou bastante atenção pelo nome da cerveja, que é bem oposta aquela imagem fixada pela mídia, uma ideia de comportamento que as pessoas tem de mim. Mas essa foi justamente a estratégia da campanha, de convidar uma pessoa inusitada. Me identifiquei com a proposta, achei interessante, divertida, e não menti em nenhum momento mostrando que também tenho um lado descontraído, descolado. Mas sei que as pessoas ficaram surpresas por ser a primeira musa da Devassa depois da (socialite) Paris Hilton.

Estranhou se ver loira?

No começo estranhei bastante, parecia outra pessoa. Tenho cabelo castanho claro e quando cortei tingi de castanho escuro. Mas estou gostando do visual, continuo loira e só vou mudar quando enjoar.

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