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Na companhia de bons filmes

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O professor Sihan Félix admite que na maioria das vezes prefere ficar em casa assistindo a um filme do que sair. “Tenho amigos fantásticos que me entendem e sempre respeitam meu grau antissocial. Minha família é o meu cálice sagrado”, diz ele, que integra a recém-criada Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Norte. Mas para quem fez da 7ª Arte um objeto de estudo e admiração, apreciar um bom filme também é grande diversão para o fim de semana. Mas ele vai além disso. “Falar sobre si é algo muito estranho. Talvez seja aquela ‘coisa Batman’ de que não é o que você é por dentro que te define, é o que você faz. E o que eu faço está ligado diretamente a outras pessoas”, filosofa.

Sihan Felix, Professor de música e cinema, compositor

Sihan Felix, Professor de música e cinema, compositor

“Como tenho um lado pouco fitness, adoro uma boa pizza. Mas como esse meu lado é um pouco consciente, acabei encontrando uma pizzaria italiana incrível. As massas são fininhas, as opções são quase que na totalidade trazidas da origem mesmo, e o preço é bem acessível se compararmos a outras da cidade. Chama-se Rosso Da Francesco. Fica na Rua das Algas em Ponta Negra. Ali pertinho da Rota do Sol. O ambiente é agradável e o garçom Sandro é um cara fantástico. Indico a pizza rústica, minha favorita da casa, com o molho de manjericão que acompanha.

Por outro lado, e se falando de Natal, gosto muito da Ribeira e, por isso e muito mais, vejo-a como abandonada. Poderia ser um lugar literalmente vivo, colorido, festivo, mas causa preocupação pela falta de segurança. É triste ver um lugar encantado sucumbindo à falta de ação da política. Entendo que sejam questões profundas, mas estou em Natal há quase nove anos e o que vejo é uma degradação progressiva. O Teatro Alberto Maranhão fechado há tanto tempo é um crime por exemplo. Eu me sinto potiguar, é onde fixei minhas raízes, e por isso dói tanto ver o descaso.

Para contornar isso, às vezes a melhor opção é ficar em casa mesmo, então vou aos filmes, às séries, às músicas e aos livros. Recentemente, assisti a um suspense espanhol tão bem construído que fiquei pilhado ao final. Uma amiga disse com propriedade quando comentei sobre esse filme: ‘Os espanhóis têm a manha para o suspense.’. E têm mesmo! O filme é ‘Um Contratempo’ e está disponível na Netflix.

Tenho assistido a duas séries excelentes. Por coincidência, uma é espanhola também. Chama-se ‘Merlí’, nome do protagonista, um professor de filosofia. Acho que qualquer coisa que eu disser a mais pode soar como spoiler. De música, acabei de me apaixonar pelo álbum ao vivo ‘The Bridge: Lenine & Martin Fondse Orchestra’. Gravado em um dos principais templos do jazz de Amsterdã e do mundo, o Bimhuis, é de uma qualidade que me pegou desprevenido. Dos arranjos à execução, cada música soa como um tiro silencioso. Junto a tudo isso a indicação do livro ‘O Apelo da Selva’ (também conhecido como ‘O Chamado Selvagem’), de Jack London, que é uma ode à vida acima de tudo – e, de fato, o que talvez mais precisemos hoje seja dar valor à nossa própria vida e MAIS AINDA à do próximo. Empatia está em falta e isso pode ser bem frustrante e triste…”

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