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Na gaveta do tempo

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Woden Madruga
De volta à gaveta dos papéis desarrumados encontro uma carta de Meira Pires, datada de 15 de janeiro de 1979 (lá se vão 40 anos), dando conta de como Eduardo Portela chegou ao Ministério da Educação e Cultura. Foi no tempo da ditadura militar, governo do general João Batista Figueiredo. A nomeação teria sido apadrinhada pelo dramaturgo Guilherme Figueiredo, irmão do presidente da República, e amigo de Meira. Amizade iniciada ainda nos bastidores do teatro e consolidada no tempo em que Meira dirigiu o Serviço Nacional de Teatro (1966-67) de cuja escola o escritor, autor teatral, romancista, contista e crítico de literatura era professor de História do Teatro. Vejamos a carta:
“Meu querido Woden:
Junto a nota do JB de quinta-feira que deixa claro, claríssimo, haver sido Guilherme Figueiredo o responsável pela escolha do Dr. Eduardo Portella para Ministro da Educação e Cultura. Aliás, nessa altura, já tenho total e completa certeza da veracidade desse fato.

Como nada estou postulando, alegra-me, apenas, o fato de ver um amigo desfrutando de excelente posição. Nada além disto, até porque somente os gênios podem aspirar posições aqui na nossa terra. No plano federal, eu já fui o que pretendia.

Seria interessante, no entanto, só pra chatear que você, por especial favor, desse uma notinha na sua coluna, mais ou menos assim:

“Quem está muito satisfeito com a posição que desfruta, hoje, no plano federal, o escritor Guilherme Figueiredo, é o seu velho amigo Meira Pires que, inclusive, foi um dos primeiros a saber que o General João Baptista Figueiredo seria o futuro Presidente da República por intermédio de uma carta que recebeu de Guilherme, em outubro de 1977. O colunista tomou conhecimento imediato dessa carta”.

Basta isto.

Com um grande abraço do velho amigo

Meira Pires. ”
Na Academia
A posse do professor e jornalista Geraldo Queiroz na Academia Norte Rio-Grandense de Letras já tem data marcada. Será no dia 23 de maio. Vai ocupar a cadeira nº 40, sucedendo ao poeta e jornalista Sanderson Negreiros, seu primeiro ocupante. O patrono é o escritor Afonso Bezerra.
A saudação ao novo imortal será feita pelo acadêmico Paulo de Tarso Correia de Melo.
Biblioteca 
Por falar na ANRL, dia 24, quarta-feira que vem, teremos lá mais uma edição do projeto Biblioteca Viva da Academia. A palestra será por conta do acadêmico Humberto Hermenegildo de Araújo que falará sobre “Jorge Fernandes: Poesia e Vida Literária”
Roberta Sá
A boa notícia saiu na coluna de Marina Caruso, de O Globo:
– A ideia de Roberta Sá era gravar um disco só com músicas inéditas de Gilberto Gil – mas ela não imaginava que o cantor se animaria a ponto de compor 11 músicas inéditas para o projeto. A primeira foi “Giro”, que traz no título as iniciais de Gil e Roberta. Depois, veio “Afogamento”, dueto que embala a ovela “Segundo sol” e, em seguida, “Cantando as horas”, parceria dos dois. “De vez em quando, lembro que quem tá trabalhando comigo é o Gilberto Gil, esse gênio de quem sempre fui muito fã”. Produzido por Bem Gil, o disco sai no segundo semestre.
Juvino Barreto 
Anote em sua agenda: Dia 25, quinta-feira, ás 16 horas, na Capela do Instituto Juvino Barreto, será celebrada missa em comemoração dos 25 anos da Avajub (Associação das Voluntarias Assistenciais do Instituto Juvino Barreto).
Cidadão
A Câmara Municipal de Natal marcou para o dia 8 de maio a sessão especial para a entrega do título de Cidadão Natalense ao doutor Manoel de Medeiros Brito, nas vésperas de completar 91 anos, mas em plena atividade, todos os dias, como presidente da Liga de Ensino do Rio Grande do Norte (Escola Doméstica de Natal, Complexo Educacional Henrique Castriciano e a UNI-RN) e do Instituto de Proteção e Assistência à Infância (Hospital Infantil Varela Santiago).
Ninguém mais natalense do que esse seridoense nascido em Jardim do Seridó. Deputado estadual em dois mandatos, secretário de Estado em oito governos, conselheiro aposentado do Tribunal de Contas do qual foi presidente.  Excepcional ‘causeur’.
Está o mundo inteiro aguardando o lançamento de seu livro de memórias, Tempos Marcantes, que poderá ocorrer ainda neste semestre.
Praça
Imeio do leitor que se assina Etevaldo de Souza Correia, residente na rua Vereador José Sotero, bairro do Alecrim, dando conta do abandono da Praça Dom Pedro II, em frente à igreja matriz de São Pedro.
“Uma pena, WM. A praça transformou-se numa lixeira. Há lixo por todos os lados, todo tipo de lixo. O querido imperador, cujo busto está pichado, e São Pedro (sua estátua lá na torre da igreja) não mereciam esse desrespeito. Nem os moradores daqui.  O lixo também se acumula na esquina da rua Segundo Wanderley, que começa ao lado da praça no rumo do Barro Vermelho”.
Jeitinho brasileiro
Estampado na lousa do Cova da Onça, em letra de imprensa, estilo Mestre Gaspar: “Bolsonaro vira refém dos caminhoneiros e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, “ajudante”.
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