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Na linha de frente

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Lauro Jardim
com Guilherme Amado e Mariana Alvim

Tereza Cristina apagou um incêndio com potencial para provocar prejuízos intercontinentais duas semanas atrás. A ministra telefonou para a cúpula da Nestlé no Brasil ao descobrir que a empresa cogitava suspender a compra de carne e cacau brasileiros. O contato foi feito no auge da crise causada pelas labaredas amazônicas. A ministra pediu que os executivos apelassem à matriz suíça para evitar a fuga de investimentos, sob argumento de que seus fornecedores não haviam sido atingidos pelo fogo.
Propina vertical
A paixão de Márcio Lobão, o filho de Edison Lobão preso pela Lava Jato, pelos vinhos de excelente safra azedou ao menos uma vez os negócios heterodoxos que fazia em dupla com seu pai. Um empresário do setor de energia relatou dias atrás que durante o governo Dilma foi a Lobão pai, um velho conhecido, tratar de facilidades para o seu negócio. O então ministro avisou ao interlocutor que quem agora tratava daquilo para ele era Márcio. O empresário rumou para o Rio de Janeiro. Mas sua conversa com Lobão filho não engrenou. Encantado com o mundo dos tintos franceses, Márcio intercalava o tema da propina com degustações verticais – aquelas em que são servidos o mesmo vinho, mas de safras diferentes. O interlocutor impacientou-se: “Voltei a Brasília e acertei tudo com o Edison, que ia direto no ponto, sem firulas”.
Gosto azedo
De 0 a 10, o nível de irritação do governo com Tasso Jereissati e sua atuação à frente da reforma da Previdência é 8.

Quem manda embora
Constatação: quem demite na equipe econômica não é Paulo Guedes. É Jair Bolsonaro. Assim foi com Marcos Cintra, como fora com Joaquim Levy.

Linha dura
No período em que esteve à frente da superintendência da PF no Rio de Janeiro, Ricardo Saadi mandou prender dez pessoas entre policiais e funcionários administrativos que lá trabalhavam.

Lá não rola, 03
Eduardo Bolsonaro, que na semana passada andou exibindo sua pistola Glock preta em fotos meticulosamente posadas, talvez se decepcione um pouco com Washington, se vier mesmo a morar lá. Na capital americana – assim como em outros cinco estados dos EUA – é proibido portar armas em locais públicos.
Bye bye, MDB
Sérgio Cabral se desfilia do MDB nos próximos dias, depois de 38 anos na legenda.
Calote de excelência
A 7ª Vara Cível de Brasília condenou Romário a pagar 14 meses de aluguéis atrasados da mansão onde ele morou por quatro anos, na beira do Lago Paranoá, na capital federal. Não só. Também por determinação da Justiça, Romário tem 30 dias para botar abaixo um campo de futebol e um píer que teria construído irregularmente ao lado do imóvel. A peleja judicial gira em torno do reajuste no valor do aluguel: passou de R$ 26 mil para R$ 35 mil, em meados de 2015. Romário deixou a casa no fim do ano seguinte. Os proprietários, autores da ação, cobram R$ 408 mil do baixinho. Como a sentença é de primeira instância, ele pode recorrer.
Com apetite
O Carrefour Brasil está negociando a compra a operação brasileira do Makro. O valor da transação gira em torno de R$ 5 bilhões.
Namoro interrompido
Sem alarde, a Stone e a Cielo, líder brasileira do setor de cartões, andaram namorando nas últimas semanas. Quem acompanhou de perto as conversas, que se davam entre a Stone e o Banco do Brasil, um dos dois sócios da Cielo (o outro é o Bradesco), diz que o interesse pelo negócio esfriou no momento do noivado. Mas que as portas para uma retomada das conversas mantêm-se abertas.
A hora da despensa
A expectativa do varejo em relação à liberação do FGTS, que começou anteontem, é claramente distinta. Os supermercados estão otimistas. Já o varejo de eletroeletrônicos não está animado. Em resumo, como o valor disponibilizado é baixo, é provável que o brasileiro gaste mesmo o dinheiro para comprar comida.

Cadê os loucos?
A parceria entre Corinthians e BMG não decolou. Parte significativa do que o clube esperava arrecadar viria de contas abertas por seus torcedores no banco. É isso o que reza o contrato: o clube de maior torcida de São Paulo ganharia um percentual sobre cada uma dessas novas contas. O serviço, lançado em março, ainda não caiu nas graças da Fiel. De lá para cá, houve pouco mais de 15 mil adesões, número irrisório para quem projeta algo entre 150 mil e 200 mil contas “corintianas” em um ano.

Quarta marcha e ponto morto
A delação de Lélis Teixeira, ex-presidente da Fetranspor, foi homologada pela Justiça do Rio de Janeiro. Basicamente, seus alvos foram governantes fluminenses e deputados da Alerj. Já as negociações das delações de Jacob Barata, o rei dos ônibus, e José Carlos Lavouras, dono de 13 empresas de ônibus no Rio, estão em ponto morto.

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