Com técnico mais novo da história das eliminatórias, seleção de Tonga disputou vaga para 2014
Um país com 105 mil habitantes, profundamente religioso e cujo principal esporte é o rúgbi. Tonga entrou nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2014 confiando, e muito, na fé. A disputa, com Samoa, Samoa Americana e Ilhas Cook, era por uma vaga na segunda fase das eliminatórias da Oceania, que por sua vez poderia levar a uma disputa com o quarto colocado de Caribe, América do Norte e América Central. Tudo isso por uma vaga no Mundial de 2014. Saiba mais no vídeo ao lado do Jornal da Globo.
Se as chances eram remotas, só participar das eliminatórias do torneio já eram um sonho de Malakai. Desde a infância ele se dedica ao futebol.
– O futebol é como minha vida. Não apenas uma parte dela, mas minha vida. Meu pai jogava futebol. Quando eu era pequeno, ele me comprou uma bola, um tênis, e disse “eu quero que você seja jogador como eu”.
O gosto pelo futebol também é o que move Chris Willians. O australiano, de 25 anos, comanda há pouco mais de um ano a seleção de Tonga – o que o tornou o mais novo técnico a atuar nas eliminatórias de um Mundial. Ele mergulhou na cultura do país, aprendeu o idioma, e foi tomado pela religiosidade dos tongoneses.
– Aprender a língua foi uma maneira de me aproximar dos jogadores. Eu respeito a cultura deles, a fé. Eu acho que cada técnico precisa encontrar a melhor maneira de trabalhar com seus jogadores. Eu nunca rezei tanto na vida. A gente reza antes dos treinos, depois. Antes dos jogos, depois. A religião é o núcleo central da vida dos tongoneses.
E foi essa fé que a seleção levou para a competição. Não se classificou: com uma vitória, um empate e uma derrota, viu a vaga ficar nas mãos de Samoa. Mas o placar de 2 a 1 contra as Ilhas Cook deu ao técnico um sabor especial.
– Isso é um sonho. Eu cresci assistindo a Copas do Mundo na Austrália, às duas, três da manhã, não dormindo por um mês a cada quatro anos. Fazer parte disso é maravilhoso.
* Fonte: globoesporte.com
