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Na paz sonora de Pium

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Mestrando em História na UFRN, o gaúcho Henrique Lopes se dedica a pesquisas sobre a música e contracultura dos anos 1970 no Nordeste. Vindo de Taquara, interior do RS, ele vive no Rio Grande do Norte desde 1997. Integrante das bandas Igapó de Almas e Esquizophanque, Henrique foi tocado pela música ainda adolescente, quando morava na praia de Pirangi e sintonizou a MTV. “Viciei na programação, nos clipes na madrugada, gostava muito. Foi meu primeiro contato com muitos sons que não conhecia”, diz.
Henrique Lopes, historiador e músico
Com uma agenda de shows pela cidade, além de estar gravando novas músicas, sempre que sobra tempo Henrique produz eventos com artistas que gosta, como a festa Caosmose, que traz a cantora Alessandra Leão (PE) e a banda Berra Boi (PB) para o Zen Bar (Pium), nesta sexta-feira (20), a partir das 19h.

Atualmente morando em Pium, na Grande Natal, quando ele procura um pouco de paz interior, ele parte para as praias de Cotovelo, Caiçara do Norte, Camurupim e Pititinga. “São locais tranquilos, em grande medida pela baixa presença de seres humanos. Então da pra ficar em silêncio nessas praias, fechar os olhos e dizer: bem, foi golpe sim e está ficando cada vez mais estranho esse mundo”, filosofa.

Quando bate a fome, Henrique tem os seus restaurantes favoritos, todos dentro da categoria “bons e baratos”. Ele sugere o Buonna Pizza, na Vila de Ponta Negra: “brotinhos sensacionais com destaque para vegetariana com adicional de bacon”. Outra opção é o Cravo e Canela, em Capim Macio: “sirva-se à vontade com muitas opções de salada, o que é raro por essas bandas”, comenta.

Quanto a bares,  o historiador prefere espaços que vão além do cardápio de bebidas. Dentre os pontos que oferecem uma regular movimentação artística, ele frequenta ABoca Espaço de Teatros, na Ribeira, o Zen Bar, em Pium, e a Casa das Artes, na Vila de Ponta Negra. “São três lugares bem especiais, cada um com seu clima próprio”, avalia.

Em casa, dentre os filmes que assistiu, ele indica os nacionais “A Noite do Espantalho” (1974) e “Brasil Ano 2000” (1969), os dois estão disponíveis no Youtube. Se a pedida for clássicos, ele cita “Slacker”, de Richard Linklater, e “PI”, de Darren Aronofsky. Para uma boa leitura de fim de semana, a sugestão é “Me segura qu´eu vou dar um troço”, do poeta Wally Salomão.

Prestes a completar 20 anos em Natal, e aproveitando o que a cidade tem a oferecer, ele sente que a programação cultural ainda é falha. “Eu considero que seria bom ter salas de cinema com preços mais acessíveis e onde desse pra assistir filmes que não fazem parte dos grandes circuitos da indústria norte-americana”, sugere.

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