Itamar Ciríaco – [email protected]
Existe sempre uma discussão sobre o limite das brincadeiras, das piadas dos comediantes, do tom dos comentários. O que convencionou-se chamar de “mimimi” só deixa de sê-lo quando nós somos o motivo da chacota. Os comentários jocosos feitos pela mídia “sudestina” em relação ao ABC provocou revolta em muitos e eu concordo que cause mesmo. Aqueles que são responsáveis por falar, escrever, ou realizar imagens precisam ter mais cuidado com sua atividade. Reconhecer a inferioridade técnica e econômica do Alvinegro potiguar em relação ao Flamengo não poderia abrir margens para a tentativa de “humilhar” o adversário mais frágil. Isso cabe às brincadeiras dos torcedores rivais locais, ou ao próprio torcedor carioca. No entanto, na medida que o assunto passa a virar “piadinha” de gosto duvidoso, feita por profissionais da imprensa, ou investidos da função, com os clubes que estão fora do “eixo”, isso não pode ser tolerado. Dia desses essa discussão ganhou o mundo devido a um comediante utilizar seus shows para fazer piadas consideradas racistas. Para muitos seria mais do famosos “mimimi”, mas para um povo oprimido por séculos e que luta diariamente para quebrar correntes que os escravizam desde sempre, isso não é engraçado. Então, há espaço sim para a brincadeira, em qualquer área, mas o bom senso e a responsabilidade precisam prevalecer.
Copa do Nordeste
O Rio Grande do Norte teve uma grande vitória “política” em relação à Copa do Nordeste. Com a intervenção do presidente da Federação Norte-rio-grandense de Futebol – FNF, José Vanildo, o Estado passou a ter três vagas na competição regional. Com isso, o América que temia o risco de ter um calendário reduzido em 2022 e de perder as boas receitas do torneio, ganhou uma vaga na pré-Copa ao lado do ABC. Como segundo melhor ranqueado do Estado, o Alvirrubro vai participar dessa fase inicial. Essa decisão fortalece o futebol local, mas também aumenta a responsabilidade para que o clube monte um elenco forte para passar na seletiva.
Marcas
A skatista Rayssa Leal, a Fadinha, fez história ao se tornar a atleta brasileira mais jovem a receber uma medalha olímpica. Aos 13 anos, Rayssa conquistou a prata no street park olímpico. Em questão de horas, Rayssa se transformou em celebridade. “Hoje, todos os holofotes estão voltados para ela”, diz Ivan Martinho, professor de marketing esportivo da ESPM SP. “Tenho certeza de que muitas marcas irão, só agora, procurá-la para ter a sua imagem ligada a seus produtos e serviços. As empresas podem enxergar em Rayssa uma espécie de efeito Juliette do BBB. Mas o fato é que esporte é diferente de um reality show.” Segundo Martinho, para chegar ao nível que Rayssa atingiu nos Jogos de Tóquio, é preciso muita disciplina, perseverança e apoio financeiro. Mas as marcas brasileiras ainda são imediatistas. Rayssa chegou aos Jogos Olímpicos 2021 patrocinada apenas pela Nike SB, marca ligada à prática do skate. “Há dois anos, há quatro anos, quantas marcas apostaram nela? São raros os casos de marcas não endêmicas que investem no longo prazo, como por exemplo a Oi no surf, e o Banco do Brasil no vôlei”, diz. Para Martinho, a Red Bull é o modelo a ser seguido. Há muitos anos a marca de energéticos investe nas modalidades de esportes radicais, tanto em atletas, eventos e competições quanto no patrocínio de transmissões exclusivas pela TV.
Pesquisa
A maioria dos brasileiros não apoia as Olimpíadas de Tóquio, que têm início no próximo dia 23 de julho. É o que aponta a pesquisa Attitudes To The Tokyo 2020 Summer Olympics, realizada pela Ipsos com 28 países. O levantamento mostrou que apenas 32% do total de entrevistados no Brasil concordam que as Olimpíadas devem ocorrer em 2021, mesmo que a pandemia de Covid-19 ainda não tenha terminado. Globalmente, o endosso é consideravelmente maior, de 43%. As nações que mais apoiam que os Jogos Olímpicos aconteçam no fim do mês, como o programado, são a Turquia (71%), a Arábia Saudita (66%) e a Rússia (61%). Por outro lado, a Coreia do Sul (14%), o Japão (22%) – anfitrião das Olímpiadas – e a Argentina (31%) apresentam os menores percentuais de suporte à realização do evento esportivo.
Pesquisa 1
Além disso, mais da metade dos brasileiros não demonstra interesse em acompanhar os Jogos. Ainda segundo o levantamento, 17% dos respondentes no país disseram estar muito interessados nas Olimpíadas, 28% estão um pouco interessados, 26% estão não muito interessados e 29% estão nem um pouco interessados. Considerando as 28 nacionalidades avaliadas, o nível de interesse é de 46% (16% de “muito interessados” + 30% de “um pouco interessados”). Os países com maior interesse são Índia, África do Sul, China, Polônia e Turquia que possuem, respectivamente, 70%, 59%, 57%, 56% e 56% de respostas “muito interessados” e “um pouco interessados”. Belgas (28%), sul-coreanos (30%), japoneses e franceses (ambos com 32%) e alemães (33%) são os menos interessados.
Solidariedade
O modelo e jornalista Guilherme Napolitano,ex-participante da quinta temporada do reality show “No Limite”, que chegou ao fim na semana passada na TV Globo,é um dos convidados para dois eventos solidários que acontecem em Natal no próximo dia 7 de agosto. O primeiro compromisso será a live beneficente “Riso Da Bola”, uma resenha entre ex-jogadores de futebol e famosos sobre momentos divertidos dos bastidores de suas carreiras. Os convidados da live também vão estar em uma pelada solidária que vai ser realizada na capital potiguar no dia seguinte, o domingo dia 8 de agosto. Guilherme também é ex-participante da 20ª edição do Big Brother Brasil. Além dele, personalidades como Felipe Prior, também do BBB20, os participantes de A Fazenda Cartolouco, Andrea Sovetão, Conrado, Marcelo Bimbi e os cantores MC M10, MC Hollywood, MC MM e DJ Loirin também estarão nos eventos.
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