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Na ponta do lápis

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Para quem entende do riscado como o cartunista macauense Antônio Amâncio, 34 anos, uma faísca no pensamento na hora de mandar bronca no papel vem antes do traço do desenho. É assim na charge e no cartoon.  Questão de metodologia, sabe como é?  Representante da nova geração de chargistas e cartunistas do Rio Grande do Norte, Amâncio vem colecionando bons resultados nos salões de humor do país há um bom tempo. Prêmios que deram à ele espaços em publicações badaladas nacionalmente, como a edição moderna – mas já extinta – do jornal O Pasquim 21 e a revista Bundas, criada pela mesma turma e que também não existe mais. Em abril passado, Amâncio recebeu menção honrosa na 10a Mostra de Humor Maranhense pelo cartoon Convivência. O primeiro lugar bateu na trave. Mas enquanto houver chance, segundo o cartunista, o RN será representado. “Tenho vários segundos lugares e algumas menções honrosas. Fiquei várias vezes na porta de tirar o primeiro lugar, que ainda não veio. Mas vou continuar tentando. Estou em todo salão que aparece. Nesse do Maranhão classifiquei os três cartoons que mandei e ganhei menção honrosa em um”.

Embora adepto das charges, com publicações recentes na revista mossoroense de humor Papangu e na página 2 da TRIBUNA DO NORTE, Amâncio admite que prefere os cartoons. E explica o porquê: “A charge é mais atual, todo mundo entende hoje mas o desenho acaba ficando sem sentido com o tempo. Por outro lado, o cartoon é universal. Tanto faz se a pessoa lê agora ou daqui a dez anos. É bater o olho e entender”, disse.

Os temas discutidos no dia a dia são a alegria do cartunista. A moda agora, segundo ele, é o tal do aquecimento global. A política é outro assunto cujo traço está sempre na ponta no lápis. Mas há política que cabe melhor na charge como existe as que nasceram para o cartoon. “Tem alguns temas tão fortes que todo mundo vai entender sempre. O escândalo do mensalão, por exemplo, é um cartoon porque daqui a 20 anos as pessoas vão saber o que é. Já um desenho sobre o foliaduto não tem a mesma força e funciona mais na charge. Mas a política sempre foi e vai continuar sendo inspiração para os desenhos”, acredita.  

Além de publicar charges e cartoons em alguns periódicos locais, Amâncio trabalha como freelancer para agências de publicidade. Ciente de que o Estado tem bons desenhistas, ele reclama apenas da falta de incentivo para a criação, no Rio Grande do Norte, de um salão de humor, como ocorre em vários estados . “Participo de salões de humor em todo o país. Piracicaba, Ribeirão Preto são bem fortes. O Nordeste também tem alguns. Aqui falta empenho. Falei com o presidente da Funcarte, Dácio Galvão,  para saber da possibilidade da prefeitura organizar um salão, aí ele pediu para eu fazer um projeto. Mas se eu fizer um projeto e organizar oevento eu não vou poder participar, e o que eu quero é concorrer”.

Mais quadrinhos:

E por falar em quadrinhos potiguares, hoje eles ganham vez na programação da Bienal Nacional do Livro de Natal. A partir das 10h, o Grupo de Pesquisa em História em Quadrinhos (GRUPHQ) que lutar para voltar à ativa como nos velhos tempo ministra uma oficina caricatural gratuita no evento. No dia 8 de junho, o grupo oferece uma oficina de história em quadrinhos. De acordo com o fotógrafo e integrante da turma desde 1984, Adrovando Claro, o GRUPHQ tem realizado reuniões e deve republicar, em breve, o jornal Maturi, famoso em Natal nos anos 80. Outro projeto em fase de elaboração é o lançamento de uma revista trimestral com quadrinhos culturais. “O pessoal está tentando o viabilizar o patrocínio da Cosern. Essa revista seria publicada com quadrinhos sobre a cultura potiguar, mas o projeto ainda está caminhando”.

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