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Na vida, nos palcos e na tela

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A saga amorosa de Fernanda, a personagem criada pela atriz e escritora Mônica Martelli está de volta no espetáculo “Minha Vida em Marte”, que será apresentado domingo, às 20h, no Teatro Riachuelo. A peça é a continuação do sucesso “Os homens são de Marte…e é pra lá que eu vou”, e já foi vista por mais de 200 mil espectadores desde a sua estreia em 2017. Fernanda agora luta para salvar o casamento – mas sem perder sua identidade e seu bom humor jamais. Mônica falou ao FDS da TRIBUNA DO NORTE sobre os detalhes de seu popular monólogo.

Martelli: Queria mostrar a vida real, as dificuldades que a gente enfrenta para manter um casamento saudável depois de anos


Martelli: “Queria mostrar a vida real, as dificuldades que a gente
enfrenta para manter um casamento saudável depois de anos”

“Minha vida” traz a personagem mais madura, casada, mas ainda problemática. Quais as questões que você sentiu necessidade de abordar?
Sempre pensei em fazer a continuação de “Os Homens São de Marte…”. Queria contar a vida de casada da Fernanda, mostrar as angústias, alegrias, encontros e desencontros que todas as pessoas passam quando casam. Queria mostrar a vida real, as dificuldades que a gente enfrenta para manter um casamento saudável depois de anos, a diminuição da libido, a falta de cuidado um com o outro… Tudo! Porque quando a gente casa tem aquele desejo óbvio de que dure pra sempre, mas, racionalmente, a gente sabe que a vida é feita de ciclos e que tudo tem início, meio e fim, mesmo assim ninguém casa pra se separar! Por isso a gente luta pra que dê certo. Sempre quis contar esse história. Mas só depois de anos separada pude ter o distanciamento necessário para escrever nossas dores com leveza e humor.

Qual a maior diferença entre a primeira peça e a atual?
O público que vem me acompanhando desde a primeira peça foi se transformando através dos anos assim como a personagem. A Fernanda agora está casada e lutando para salvar o casamento. O público novo, que chega agora, pode não conhece os dilemas anteriores, mas se identifica da mesma forma. É impressionante como todo mundo que já viveu qualquer tipo de relação amorosa se identifica. Mas o mais legal é que até as pessoas solteiras também curtem porque a personagem uma hora se separa e volta a ser solteira. É uma delícia notar isso tudo!

A peça traz um ponto de vista essencialmente feminino. O que os homens podem absorver dele?
Acredito que os homens podem aprender muito sobre o feminismo de uma maneira leve e descontraída. Aprendem dando gargalhada. Porque a Fernanda é inspiradora e é uma mulher feminista. Ela não tem medo de falar que ama estar apaixonada, ela luta para o casamento dar certo mas não empurra problema para debaixo do tapete em nome de um projeto família feliz. Isso sim é ser livre. É respeitar seus sentimentos. A peça ensina que ser feminista não significa não querer um amor. Ser feminista não significa ser solteira. Você pode ser independente, ser dona da sua vida e amar alguém. É uma postura diária.

Como tirar graça de questões tão pesadas?
O público se interessa muito pelo assunto que tá sendo tratado na peça. E ali não tem muito segredo. Acho que as pessoas gostam porque tudo ali é verdade. Escrevo as experiências que eu vivo, que eu vejo, que eu sinto. Quando você interpreta o que escreve é muito prazeroso porque faço com muita propriedade. Sei do que estou falando, sei o que estou sentindo em cena. Esse é o grande diferencial. Mas é isso: só depois de anos separada pude ter o distanciamento necessário para escrever nossas dores com leveza e muuiitttooooo humor.

Como foi verter um sucesso dos palcos para as telas e manter o interesse do público que já viu a história no cinema?
O sucesso da primeira peça, do filme, da série está na verdade em cena e na identificação imediata dos homens e das mulheres. Quando estreei pela primeira vez nunca podia imaginar que seria o divisor de águas na minha vida. Escrevi as histórias a minha vida e a identificação foi imediata. E a parceria com a Susana Garcia, minha irmã e diretora, e com o Paulo Gustavo também fizeram com que o filme fosse um sucesso, porque nós conseguimos levar a sintonia que a gente tem na vida para tela. Qualquer cena ali poderia ter acontecido com a gente. Tanto que vamos fazer a sequência do filme juntos. “Minha Vida” é contada sob o olhar de uma mulher e ter uma mulher diretora é como se a gente estivesse casada. Não tem discussão na hora de ensaiar. A gente se entende na troca de olhares. São experiências que nós mulheres sabemos.

Serviço:
Minha Vida em Marte. Domingo, às 20h, no Teatro Riachuelo. Entrada: R$90 (balcão), R$100 (frisas), R$120 (plateia B/camarotes), R$140 (plateia A).

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