Autoridades da Vigilância em Saúde chamam a atenção da necessidade da
vacina. Nos últimos anos o índice de cobertura caiu
O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) afirmou que recebeu a notificação de um caso suspeito nesta quinta-feira, 25, vinda do Hospital Giselda Trigueiro, unidade médica a qual o professor procurou após sentir febre, tosse, conjuntivite e irritação na pele. Com todos os sintomas, o caso foi confirmado. O homem esteve em São Paulo/SP, capital que passa por um surto da doença, entre os dias 7 e 11 deste mês. Dos 484 casos confirmados de sarampo no Brasil, 363 foram registrados na capital paulista.
De acordo a SMS, foi feito um bloqueio vacinal para imunizar as pessoas que podem ter tido algum contato com o paciente, conforme procedimento contido no Manual da Vigilância do Ministério da Saúde. Além do homem, passaram pela averiguação também familiares e demais pessoas que tiveram contato com o professor após a viagem. O monitoramento será realizado nos próximos 30 dias, além da vigilância a todo paciente que apresentar sintomas como febre e exantema (erupções na pele) acompanhados de tosse, coriza e conjuntivite. As secretarias informam que ‘todas as medidas de controle preconizadas pelo Ministério da Saúde foram adotadas de forma efetiva’ e que a equipe de Vigilância Epidemiológica continuará suas atividades visando o ‘bem-estar da população potiguar’.
Uma entrevista coletiva será realizada na manhã da segunda-feira, 29, para dar mais informações sobre o caso.
Sintomas
Os sintomas iniciais apresentados pelo paciente são: febre acompanhada de tosse persistente, irritação ocular, coriza e congestão nasal e mal estar intenso. Após estes sintomas, há o aparecimento de manchas avermelhadas no rosto, que progridem em direção aos pés, com duração mínima de três dias. São comuns lesões muito dolorosas na boca. A doença pode ser grave, com acometimento do sistema nervoso central e pode complicar com infecções secundárias como pneumonia, podendo levar à morte. As complicações atingem mais gravemente os desnutridos, os recém-nascidos, as gestantes e as pessoas portadoras de imunodeficiências.
A transmissão ocorre diretamente, de pessoa a pessoa, geralmente por tosse, espirros, fala ou respiração, por isso a facilidade de contágio da doença. Além de secreções respiratórias ou da boca, também é possível se contaminar através da dispersão de gotículas com partículas virais no ar, que podem perdurar por tempo relativamente longo no ambiente, especialmente em locais fechados como escolas e clínicas.
A investigação ocorreu com o paciente, com familiares e comunicantes, que tiveram contato com o mesmo durante seu período de transmissibilidade. Procedida a investigação e diante do quadro clínico suspeito, todas as medidas de bloqueio de transmissão foram adotadas, ou seja, todos os comunicantes foram contatados e dentro dos critérios vacinais os mesmos foram imunizados ou estão em processo de imunização com a vacina tríplice viral, logo o bloqueio oportuno foi realizado e tem previsão de término no dia 27/07.
Informamos que o monitoramento de todos os comunicantes será realizado pelos próximos 30 dias, além da vigilância a todo paciente que apresentar febre e exantema maculopapular acompanhado de um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite, independente da idade e da situação vacinal.
A Secretaria Estadual de Saúde, Regionais de Saúde em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde de Natal informam que todas as medidas de controle preconizadas pelo Ministério da Saúde foram adotadas de forma efetiva, e que a equipe da Vigilância Epidemiológica continuará suas atividades visando o bem-estar da população do Estado do Rio Grande do Norte.