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Natal retomará obras na Felizardo Moura e KM 6

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A Prefeitura de Natal pretende retomar as obras de mobilidade urbana elaboradas para a Copa do Mundo de 2014 a partir do segundo semestre deste ano. Os trechos que serão reformados são as avenidas Felizardo Moura, de acesso à ponte de Igapó, e a Napoleão Laurentino, conhecida como Km 6. O custo estimado é de R$ 95 milhões com recursos da Caixa Econômica Federal. Essas obras foram planejadas para terem início em 2012, precisaram de alteração e foram paralisadas em 2015, depois que a Caixa bloqueou os recursos por causa de uma dívida do Município.

Projeto inclui a expansão do viaduto da Urbana, mas desapropriações podem impedir obra


Projeto inclui a expansão do viaduto da Urbana, mas desapropriações podem impedir obra

A avenida Felizardo Moura vai receber uma reestruturação na malha viária e a construção de ciclovia e calçadas. O projeto inicial para a avenida conta somente com a reestruturação, mas a Prefeitura informou que a adição das ciclovias e calçadas será feita nos próximos 60 dias. A iluminação da via também deve ser alterada, saindo do canteiro central para as laterais.

Segundo o secretário municipal de obras públicas e infraestrutura, Tomaz Neto, a obra deve afetar um trecho do mangue, localizado em uma das margens da via, para aumentar a largura em cinco metros. Ele ressaltou, entretanto, que a maior parte do trecho já está com o mangue aterrado pelas casas existentes no local e um antigo posto policial. “Não é um trecho grande, é somente de cinco metros, e esses cinco metros estão boa parte aterrados pela própria população”, declarou.

Questionado se o projeto não afetaria a legislação ambiental relacionada ao mangue, Neto acredita que não haverá problemas. “Acredito que não haverá problema porque estaremos qualificando uma via de grande tráfego”, afirmou.

Já para o Km 6 está sendo cogitada a construção de um túnel e expansão do viaduto existente no complexo da Urbana, além da reestruturação viária. Tomaz Neto afirmou, entretanto, que essas construções ainda não estão confirmadas. “Estamos realizando um estudo de viabilidade de projetos e não sabemos ainda se vai ser possível construir o viaduto ou o túnel”, disse.

A viabilidade a qual Tomaz se refere é relativa às desapropriações do local. Quando o projeto municipal de mobilidade urbana foi lançado, ainda em 2010, a reestruturação do complexo da Urbana precisaria de 525 desapropriações de moradores. A notícia desagradou a população do local. Protestos foram registrados na época quando a ordem de serviço foi assinada, em 2012.

Ainda segundo Tomaz Neto, as obras vão causar um “trauma” no trânsito da área, um dos mais intensos de Natal durante os horários de pico por dar acesso à zona Norte e ser caminho para o Aeroporto Internacional Aluízio Alves. A expectativa é que, no caso da avenida Felizardo Moura, fique uma das pistas para os dois sentidos, enquanto a outra recebe obras. Atualmente, cada pista tem duas faixas.

O secretário disse que o “trauma” é necessário para a melhoria viária já que a estrutura do local é insuficiente para o tráfego. A obra deve durar de cinco a seis meses. A reportagem procurou a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) para questionar se existe um plano de desvio de trânsito, mas não conseguiu contato.

A Prefeitura ainda estuda se é mais viável renovar o contrato com a antiga empresa licitada ou realizar uma nova licitação e realiza mudanças nos projetos. As licenças ambientais para essas obras foram renovadas no último dia 1º, segundo publicação do Diário Oficial do Município.

Histórico
A reestruturação das avenidas Felizardo Moura e do Km  6 fazem parte do pacote de obras de mobilidade urbana previsto para ser entregue na Copa do Mundo de 2014, quatro anos e meio atrás. O pacote possui outras obras de melhoria viária e de drenagem, mas a maioria não foi entregue.

A reforma e padronização de 55 quilômetros de calçadas nas avenidas de acesso à Arena das Dunas, estádio construído para a Copa do Mundo, chegou a cerca de 5% construído. O maior problema da Prefeitura são com as mais de 500 desapropriações na região. O contrato foi suspenso e um novo projeto foi licitado em 2017. Ainda é necessário uma nova licitação para a execução da obra.

 A outra obra do lote 1 é a construção do túnel de drenagem da Arena das Dunas. Paralisada desde 2017 depois do Ministério Público Estadual questionar licenças ambientais, a obra deve ser retomada se a Caixa Econômica Federal liberar R$ 17milhões a mais que o previsto inicialmente no contrato, de R$ 120 milhões. O valor é referente a um serviço de injeção de concreto que será preciso fazer.

O túnel de drenagem da avenida Mor Gouveia, em Lagoa Nova, é outra obra prevista para a Copa do Mundo que está atrasada. Na semana passada, o secretário Tomaz Neto afirmou a retomada da construção e a entrega no máximo em dois meses, antes do período chuvoso de Natal. Esse túnel é visto como necessário para resolver os constantes alagamentos da área.

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