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Natal solicita cota extra de CoronaVac à Sesap/RN

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Cláudio Oliveira
Repórter
Natal está, mais uma vez, com a vacinação da segunda dose da vacina CoronaVac/Butantan suspensa e ainda não há previsão de quando chegará novo lote. Por isso, o Município solicitou uma cota extra do imunizante à Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap/RN), que vai avaliar essa possibilidade, visto que a reserva técnica que possui deve ser usada para eventual reposição por problemas técnicos como perda de doses, quebra de frascos, entre outros, ou posterior distribuição aos municípios, no caso de não haver necessidade de reposição. Todos os que tomaram a primeira dose do antígeno precisam tomar a segunda para que o organismo ganhe efetiva imunidade contra a covid-19.
Pouco mais de nove mil pessoas foram vacinadas ao longo do final de semana passado e restaram menos de mil doses nessa segunda
No último dia 12, Natal passou pelo mesmo problema e na sexta-feira (16) recebeu 10.560 doses da vacina CoronaVac para ser utilizada como segunda dose (D2). No mesmo fim de semana aplicou quase todo o estoque disponível, começando essa segunda-feira (19) com 920 doses, que já acabaram. 
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS Natal) não informou quantas pessoas ficarão à espera, mas pediu novo repasse à Sesap/RN, que dispõe de uma quantidade em estoque para eventual reposição necessária em caso de problemas técnicos. A quantidade concedida agora seria descontada à medida que vá chegando nova remessa destinada ao Município.
O órgão estadual já enviou, segundo o portal RN+ Vacina, 332.199 doses da CoronaVac/Butantan para a primeira aplicação (D1) nos municípios e 296.507 para a segunda aplicação (D2), havendo 9.309 doses em reserva técnica D1.
Para conceder doses da reserva, será preciso decidir na Câmara Técnica composta pela Sesap, Conselho de Secretarias de Saúde dos Municípios (Cosems), Conselho Estadual de Saúde (CES), Secretaria Municipal de Saúde de Natal e representação do Ministério da Saúde.
O Governo do Estado informou que apenas Natal passa pelo problema porque teria usado, desde a remessa do dia 2 de abril, parte das doses que o Ministério da Saúde orientou que fossem destinadas à D2, exclusivamente, e vacinou mais pessoas na fase D1, de maneira que, a cada nova remessa recebida pelo Município, há uma lacuna que leva a faltar doses. Questionada sobre isso, a SMS Natal não respondeu à reportagem.
Orientação
A pasta de Saúde estadual informou que orientou todos os municípios do Rio Grande do Norte, seguindo o Plano Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde, sobre uso adequado das doses da vacina contra a covid-19 para a sua finalidade de públicos, faixas de idade e critérios de imunização, não podendo os Municípios fazer diferente para que não falte o imunizante para a D2. A orientação está na Nota Técnica nº10/2021.
Os grupos para os quais já foram encaminhadas doses nos municípios são idosos institucionalizados, trabalhadores da saúde, populações indígenas, pessoas a partir de 75 anos acamadas, pessoas a partir dos 90 anos, pessoas de 85 a 89 anos, pessoas entre 80 e 84 anos, pessoas de 75 a 79 anos, pessoas entre 70 e 74 anos, população quilombola, população em situação de rua (doses de reserva técnica), idosos de 65 a 69 anos (atendido parcialmente), e agentes de segurança.
Nova remessa
O Ministério da Saúde informou à TRIBUNA DO NORTE que prepara para esta semana o envio de mais uma remessa de vacinas contra a covid-19 para todo o Brasil, sendo a 14ª distribuição já realizada desde o início da campanha de vacinação, em 18 de janeiro.
A pasta federal disse ainda que aguarda a entrega de mais lotes por parte dos laboratórios, prevista para ocorrer nos próximos dias, para, então, fazer a divisão proporcional e igualitária entre todos os Estados e Distrito Federal. 
Até o momento, mais de 53,5 milhões de doses foram enviadas para todos as unidades federativas, incluindo o Distrito Federal. Dessas, mais de 32,9 milhões foram aplicadas, segundo o Ministério, que divulga o andamento da imunização no Brasil pelo portal localizasus.saude.gov.br.
Efetividade da vacina depende da D2
Especialistas em saúde reforçam a necessidade de que os pacientes tomem as duas doses das vacinas contra covid-19, uma vez que não há qualquer evidência científica que aplicações únicas dos antígenos em uso no Brasil, na atualidade, promovam uma imunização eficaz e duradoura.
Além disso, quem não completa o esquema vacinal está mais sujeito à infecção, em comparação com pessoas que recebem as duas doses e a aplicação parcial pode favorecer versões mais resistentes do vírus ao imunizante.  
O Instituto Butantan, fabricante da CoronaVac no Brasil, divulgou que o resultado dos ensaios clínicos feitos no país, divulgados no último dia 11 de abril, apontaram que a eficácia da vacina pode ser maior se o intervalo entre as duas doses for superior a 21 dias.
Enquanto a eficácia geral encontrada para o imunizante é de 50,7%, se o intervalo entre as doses for maior que três semanas, o percentual sobe para 62,3% e, para prevenir casos graves de covid-19, fica em 87,3%. Contudo, a janela máxima recomendada pelo instituto entre uma dose e outra permanece em 28 dias.
O Butantan não endossou a proposta de adiar a segunda dose de aplicação da CoronaVac para ampliar o número de pacientes vacinados contra a covid-19, isso porque o estudo clínico da vacina foi projetado para avaliar a eficácia do produto com duas aplicações, num intervalo de 14 a 28 dias, e não é possível tirar conclusão sobre a resposta imune de pacientes que passem um período muito mais longo entre as duas doses.
Duas semanas após a segunda dose é o tempo que o organismo leva para criar anticorpos neutralizantes, que barram a entrada do vírus nas células. Esse também foi o intervalo usado nos testes clínicos da CoronaVac para medir a resposta imune dos participantes.
Índios Warao recebem vacinação em Mossoró
No Dia Nacional dos Indígenas, homenageado nesta segunda-feira (19), a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap/RN) em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde de Mossoró (SMS Mossoró) e Comitê Estadual Intersetorial de Atenção aos Refugiados, Apátridas e Migrantes do Rio Grande do Norte (CERAM/RN) promoveram a vacinação dos refugiados venezuelanos indígenas da etnia Warao em Mossoró. A vacinação ocorreu na tarde desta segunda-feira.Nesse primeiro momento 21 venezuelanos da etnia mencionada receberão a dose do imunizante. Ao todo, 64 indígenas da etnia Warao residem em Mossoró dos 108 venezuelanos que estão na capital do Oeste no momento.A vacinação é parte da etapa atual do Plano Estadual de Imunização, voltada às populações em situação de vulnerabilidade. A ação atende à Recomendação nº 04/2021, de 2 de março de 2021, do CERAM/RN, que recomendou aos órgãos estadual e municipais de saúde de Natal e Mossoró a inclusão da população refugiada venezuelana como grupo prioritário, assim como os indígenas nacionais, por se encontrarem em situação de maior vulnerabilidade em relação à transmissão do vírus e ao desenvolvimento de complicações graves da Covid-19.
A ação contou com a participação e apoio da Sesap, da Secretaria Municipal de Saúde de Mossoró, do CERAM/RN, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Juventude de Mossoró (SDSJ), da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e da Fundação Nacional do Índio no Rio Grande do Norte (FUNAI).
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