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Natal tem o metro quadrado mais barato para a venda

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Sara Vasconcelos
Repórter

Natal é a capital com o metro quadrado de menor valor para a venda de imóveis. O preço nominal médio do m² para venda na capital potiguar teve queda real de 5,84%, passando a valer R$ 3.577 o m² em fevereiro de 2017, em comparação ao mesmo período de 2016. A desvalorização chegou a 10,62%, se considerada a inflação. Esta foi a maior variação negativa observada no balanço anual.
Orfaly: Tendência é que os preços se valorizem ao longo do ano
#SAIBAMAIS#Os dados são do relatório mensal da Properati e a Hiperdados, plataforma de gestão de informações integradas do mercado imobiliário, que levantou a variação em 50 cidades de todo o país monitoradas pelo índice. O cálculo considera anúncios de vendas de imóveis (novos e usados) a partir de sistema integrado de registros de preços de imobiliárias. Em Natal, a média foi feita a partir de 1,7 mil registros. O levantamento não identifica quais os motivos para variações de preços por cidade.

Mas a recessão agravada em 2016, explica Renato Orfaly, country manager do Properati, é a principal causa da queda nos preços observada em muitas cidades pesquisadas que, assim como Natal, também apresentaram performance negativa. “Com a crise econômica, esta é a realidade em várias cidades, muito porque as construtoras revisaram estratégias para tentar reduzir estoques”, observa.

Enquanto a queda nos preços indica que, para o consumidor, o   momento é favorável para aquisição de imóveis, do ponto de vista do mercado imobiliário, a situação não é a melhor.  No caso de Natal, que teve a maior desvalorização, o preço do imóvel usado e a falta de lançamentos de novos empreendimentos podem ter pressionado os preços para baixo.

O diretor observa que a conjuntura de redução da taxa de juros Selic, inflação controlada  em torno de 4,5% e medidas como uso do FGTS e aumento do valor para financiamento devem  estimular a recuperação da economia e do setor da construção civil, no segundo semestre. “Com indicadores da economia mais positivos no segundo semestre e a redução dos estoques, a tendência é que os preços se valorizem ao longo do ano”, afirma.

Os dados são usados para precificação com base no que está à venda junto a imobiliárias. “O estudo permite analisar a concorrência, a partir do que está posto à venda, analisar o preço, se é preciso reposição, se o preço de mercado é absorvido para o consumo”, explica Orfaly.

Em nove cidades (18%)  apresentaram variação maior que a registrada pelo IPCA/IBGE nos últimos doze meses, o que, comparado com o mês passado, significa que mais cidades estão apresentando aumento real de preço médio frente à inflação.

O Rio de Janeiro apresenta o preço mais caro entre as 50 cidades analisadas no estudo: R$ 8.577 em média o m². Fortaleza viu seus preços médios aumentarem 7,34% durante o ano. Considerada a inflação, houve uma variação positiva de 1,89%. Com o custo do m² em R$ 4.971, esta  foi a maior valorização observada no ano. Em João Pessoa o preço do metro quadrado teve aumento real de 4,79% e 0,53% acima da inflação.

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