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Natal tem terceira maior taxa de desemprego entre capitais do Brasil

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A situação de desemprego no país segue alarmante e, no Rio Grande do Norte, o cenário é ainda pior. De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (17), referentes à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), Natal é a terceira capital do país com maior índice de desemprego.

Número de desempregados é maior entre as mulheres potiguares

De acordo com os dados divulgados, Natal tem 17,3% de pessoas desempregadas. No mesmo período do ano passado, o valor era de 13,5%. Somente São Luís (19,8%) e Manaus (19,8%) têm situação pior do que a capital potiguar. Nas demais capitais do Nordeste, a melhor situação é a de João Pessoa, com tem desemprego de 9,9%, seguida por Fortaleza (12,6%), Teresina (12,8%), Recife (14,5%), Aracaju (16%), Salvador (16,1%) e Maceió (17,1%).

No país, o melhor índice é em Florianópolis, que tem 7,6% de desempregados. Logo atrás da capital catarinense está Goiania (8,1%), Porto Alegre (8,9%) e Campo Grande (9,2%).

Lista mostra percentual de desempregados nas capitais do país

Dividindo a taxa de desocupação entre homens e mulheres, o Rio Grande do Norte está com 18,6% das mulheres em idade ativa desempregadas, contra 16,2% dos homens.

No Rio Grande do Norte, há aproximadamente 239 mil desempregados.

Crise

A crise econômica está por trás das dificuldades ainda apresentadas pelo mercado de trabalho brasileiro, ressaltou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Embora a taxa de desemprego tenha registrado ligeiro recuo na passagem do primeiro para o segundo trimestre do ano, ainda falta trabalho para 26,3 milhões de pessoas em todo o País, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

“O Brasil tem hoje 26,3 milhões de pessoas que poderiam estar trabalhando adequadamente, mas não estão. Seria a crise o motivo disso? Sim, com certeza”, afirmou Azeredo.

Segundo o pesquisador, as notícias sobre a crise e sobre a dificuldade de arrumar um emprego provocam um aumento no desalento.”Isso acaba gerando desalento nas pessoas, que decidem que não vão procurar porque acreditam que não vão encontrar”, disse ele.

A crise no mercado de trabalho tem afetado especialmente os trabalhadores do sexo masculino, apontou Azeredo. “O fato de a crise ser muito forte afeta principalmente a população adulta e homens, que normalmente são arrimo de família”, explicou.

Com as demissões atingindo mais os homens, aumentou a proporção de mulheres empregadas no mercado de trabalho. Ainda havia mais mulheres (50,8%) do que homens na população desocupada (49,2%) no segundo trimestre de 2017, mas essa diferença já foi de 11 pontos porcentuais, no primeiro trimestre de 2012, quando a pesquisa teve início.

No segundo trimestre de 2017, a taxa de desemprego entre elas permanecia maior, aos 14,9%, enquanto entre homens era de 11,5%.

Estadão Conteúdo

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