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Natiruts volta ao festival MADA com um disco revigorado, “I Love”. Confira entrevista

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Cinthia Lopes
Ramon Ribeiro

A programação deste sábado do festival MADA tem atrações para todos os gostos. Tem o afropop de Luedji Luna, o rap afiado do mineiro Djonga e da brasiliense Flora Matos, o indie pop de Plutão Já Foi Planeta, os beats dos potiguares Zé Caxangá e Bex, isso só pra citar alguns nomes. No meio da salada sonora da noite ainda tem espaço para o reggae da banda brasiliense Natiruts, habitué do festival.

Natiruts em foto na cordilheira chilena. Com muita audiência em países da América Latina, banda acaba de gravar clipes na Argentina


Natiruts em foto na cordilheira chilena. Com muita audiência em países
da América Latina, banda acaba de gravar clipes na Argentina

Natiruts é uma das bandas de reggae mais queridas e longevas do pop brasileiro. O grupo chega a Natal de fôlego novo com o disco “I Love”, lançado no apagar das luzes de 2018. O trabalho traz as participações de Gilberto Gil (“Verde do Mar da Angola”), da banda de reggae norte-americana Morgan Heritage (na faixa-título), dos reggaeiros neozelandeses Katchafire (“Mergulhei nos teus olhos”) e do cantor Thiaguinho (“Serei Luz”).

O disco transita por ritmos da música africana, traz influências latino-espanholas e flerta com o R&B em alguns momentos. Marca da banda, as mensagens positivas dão o tom em muitas das letras, cada uma com identidade própria.

O Natiruts sobe ao palco às 00h20, depois de Flora Matos. Mas a programação já estará fervendo desde às 19h, quando o Dj T. Yuri inicia os trabalhos sonoros da noite. O Festival MADA acontece no Arena das Dunas.

A TRIBUNA DO NORTE conversou com Luís Maurício, baixista do Natiruts. Confira a entrevista.

“I Love” foi chamado por algumas resenhas críticas como o disco que trouxe “novos ares” para o Natiruts. É isso mesmo? Como surgiu esse trabalho novo?
O álbum “I love” surgiu de forma muito natural. Não foi planejado. Tínhamos  lançado o trabalho anterior, “Índigo cristal”, a poucos meses e entramos no nosso estúdio para a gravação de um single. A energia foi fluindo e quando vimos tínhamos mais de dez canções. Músicas leves, de paz e amor, agregadoras e nada melhor que convidar pessoas que admiramos para somar nessa energia. Todos muito especiais, mas ter o Gil foi uma honra máxima e a música “Verde do mar de Angola” era a cara dele!

Você citou Gilberto Gil, uma das participações especiais no disco. Como foi gravar com ele a música “Verde do mar de Angola”?
Esta música existe há muitos anos. Foi composta pelo Alexandre Carlo em parceria com o nosso antigo guitarrista Tonho Gebara (em memória), em uma conversa de frente pro mar, na praia da Pipa. Já havíamos trabalhado com o Gil no DVD Natiruts Reggae Brasil, onde estreitamos a nossa amizade. Quando resgatamos essa música, que é a cara do Gil, o convite foi quase automático.

O reggae recebeu o título de patrimônio imaterial da humanidade. Como vocês se sentiram ao reconhecer que fazem parte deste contexto musical?
Este título veio com muito merecimento e justiça. Vai muito além da música. O reggae sempre sofreu muito preconceito. Um estilo que fala de coisas tão importantes como o amor, paz, e justiça, muitas vezes foi colocado de forma pejorativa por muitos, como música de  maconheiro, desmerecendo todo o resto. Isso traz mais respeito de uma forma geral.

Natiruts ainda é uma das grandes referências brasileiras da reggae music, apesar de beber de outra fontes. Como vocês observam a relação das novas gerações com o reggae?
Temos o privilégio de romper gerações com o nosso som. Hoje temos pais e filhos no mesmo show, o que para nós, é um grande prêmio. Sinto que as novas gerações tem um anseio por canções que as conectem com boas energias e espiritualidade. O reggae continua sendo um bom caminho para isso.

A essência do reggae é bastante politizada. O Natiruts em algum momento já se sentiu cobrado a abordar mensagens mais políticas e sociais sobre o cenário brasileiro e mundial? Ainda é uma opção cantar músicas positivas, que falem bem da vida?
Nos nossos trabalhos sempre buscamos equilibrar os temas. Tem sempre alguma crítica social, mas mesclamos com mensagens de amor, paz e esperança. Fomos notando ao longo dos anos que é esse tipo de mensagem que a maioria dos nossos fãs espera da gente. Música que cura, salva almas e mostra um caminho de luz.

Após a tour “I Love”, o que está nos planos da banda?

Acabamos de gravar dois shows em Buenos Aires que virá junto com  um documentário chamado “América vibra”. Será lançado no ano que vem.
Programação

18h – Abertura dos portões

19h00 T Yuri [Palco TNT]

19h30 Ouen [Palco TIM]

20h Zé Caxangá [Palco TNT]        

20h30 Bule [Palco TIM]

21h BEX [Palco TNT]

21h40 Luedji Luna [Palco TIM]

22h30 Plutão Já Foi Planeta [Palco TNT]

23h20 Flora Matos [Palco TIM]

00h20 Natiruts [Palco TNT]

01h40 Djonga [Palco TIM]

AFTER PARTY  
02h40 à 03h15 – Gameshark b2b Necro

03h15 à 03h50 – Akaaka

03h50 à 04h25 – Nadejda

04h25 à 05h – Frank

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