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NE tem 84 escolas de boa qualidade

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Oitenta e quatro escolas públicas  do ensino fundamental do 1º ciclo  (1ª a 4ª séries) do Nordeste atingiram nota 6,0 no Ideb, índice considerado de excelência por que essa é a média das escolas públicas de países da Organização para  Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O 6,0 foi adotada pelo pelo Ministério da Educação como objetivo a ser alcançado no Brasil até o final desta década.

Lula fala sobre o resultado do Ideb no Café com o Presidente e destaca melhorias na educação básica conquistadas nos últimos anosCom nota 7,7, duas escolas da rede municipal lideram o Ideb no Nordeste. São elas a Cícero Barbosa Maciel, do município de Pedra Branca, no Ceará; e a Laurindo de Castro, de Teresina, segundo os dados divulgados ontem pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

O Ceará tem o maior de escola com média 6,0 ou acima desse patamar. São 50 escolas. Em segundo lugar vem o Piauí com 14 escolas, em terceiro o Maranhão com oito. O Rio Grande do Norte em apenas uma: a escola municipal Nossa Senhora da Guia, de Parnamirim. A escola, que já era a melhor do RN em 2007, confirmou a liderança no ano passado, passando de 5,6 para 6,4.

No ano passado, a maioria das escolas (56,2%) teve notas abaixo da média nacional do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para os primeiros anos do ensino fundamental, que foi de 4,6 pontos. Em todo o Brasil foi avaliado o desempenho de 43.400 escolas públicas. Dessas, 57,6% conseguiram atingir as metas estabelecidas para as séries iniciais do ensino fundamental. Outras 20% não conseguiram alcançar suas metas e 22,38% não tinham metas estabelecidas, por não terem participado da avaliação em 2005, quando o Ideb começou a ser instituído.

O Ideb é calculado a cada dois anos e serve para avaliar a qualidade do ensino público no país. Cada escola tem uma meta e recebe uma nota, levando em conta o rendimento escolar e as notas obtidas pelos alunos na Prova Brasil.

Ao criar o Ideb, o Inep estabeleceu metas de qualidade que devem ser atingidas pelo país, pelos estados, municípios e pelas escolas. Assim, levando em conta a realidade de cada local, cada instância deve evoluir de forma a contribuir para que o Brasil atinja a média 6 em 2021, que é o patamar dos países mais desenvolvidos.

A nota mais baixa registrada entre as escolas foi 0,2, atingida pela Escola Estadual Jovem Protagonista, que fica em Belo Horizonte. Em seguida, aparecem as escolas municipais Firmo Santino da Silva, em Alagoa Grande (PB), Professor Francisco de Assis Cavalcanti, em Natal (RN) e Boa União, em Eunápolis (BA), todas com nota 0,5.

Estado do Pará ficou com a nota mais baixa em 2009

Brasília  – O Pará foi o estado que obteve o pior desempenho na avaliação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) em 2009 para as séries iniciais do ensino fundamental. A nota do estado, que levou em conta a avaliação das escolas urbanas públicas e privadas, foi 3,6, em uma escala que vai de 0 a 10. A maior nota, com os mesmos critérios, foi registrada no Distrito Federal e em Minas Gerais, que ficaram com 5,6. Todos os estados tiveram crescimento da nota na avaliação das séries iniciais, mas 59,2% ainda ficaram com nota abaixo da média nacional, que foi de 4,6.

Na avaliação das séries finais, de 5ª à 8ª, o pior desempenho foi o de Alagoas, com nota 2,9, e o estado que se saiu melhor foi Santa Catarina, que obteve a nota 4,5. Para o ensino médio, o pior classificado foi o Piauí, com nota 3 e o melhor colocado foi o Paraná, com 4,2. Na amostragem por região, o Norte e o Nordeste ficaram com a pior classificação nas séries iniciais: 3,8. No outro extremo está a Região Sudeste, com 5,3. A Região Sul ficou com 5,1 e a Centro-Oeste com 4,9. Entre as capitais brasileiras, a que obteve a pior média foi Maceió (AL), com nota 3,6 para as séries iniciais e 2,6 para as séries finais do ensino fundamental. Pela segunda vez, Curitiba teve a maior nota para as séries iniciais, com nota 5,7.

O estudo divulgado ontem mostra ainda que mesmo recebendo um auxílio em dinheiro e suporte técnico, pouco mais da metade dos piores municípios no ranking nacional conseguiu melhorar o indicador no intervalo de dois anos, entre as duas últimas edições do Ideb (2007 e 2009), a ponto de superar suas respectivas metas.

Um exemplo de município que andou para trás é Chaves, no Pará. Em 2007, a educação da cidade recebeu nota 2 até a 4ª série. Dois anos depois, quando a meta era chegar a 3,2, a nota foi de 1,4. Itatuba, na Paraíba, está na mesma situação: no intervalo de dois anos, a nota piorou, caindo de 1,8 para 1,4, ainda mais distante da meta de 2,6. O Nordeste concentra as piores situações.

Nas próximas duas semanas, técnicos do ministério cruzarão dados do Ideb para avaliar o comportamento das escolas e municípios com pior desempenho. “Reformas educacionais demoram até uma geração, porque há fatores importantes como a escolaridade das mães e a formação de professores”, informa a secretária de educação do MEC, Maria do Pilar. Ela informou que houve dificuldades para definir o apoio técnico e financeiro aos municípios com pior desempenho.

O ponto de partida para a ajuda era a apresentação de um plano pelos municípios e escolas. Inicialmente, de cada 10 planos apresentados ao MEC, 7 eram devolvidos, por serem inadequados. “Em um caso, o maior problema era a alfabetização de crianças, mas o plano previa a reforma da cozinha. Isso consumiu o ano de 2008 inteiro. E, no final, apenas um em cada dez planos era devolvido”. Pilar se diz otimista: “Trata-se de uma mudança estrutural, que depende de mobilização, não é pirotecnia.”

São João do Sabugi desbanca Acari e assume a liderança

O município de Baraúna foi um dos que tiveram melhor recuperação no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica no ano passado, segundo os dados do Ideb divulgados ontem. Com média 2,2, nas escolas da rede municipal, Baraúna ocupava o 159ª lugar num ranking com 167 municípios. No ano passado, a média subiu 4,1 e ele passou a ocupar o 14º lugar. Destaque também para o município de Passagem, na região Agreste. Do 144º para o 13º lugar.

São João do Sabugi assumiu o primeiro lugar, com média 5,3 para as escolas do primeiro ciclo do Ensino Fundamental. Apesar de ter melhorado a nota (de 4,7 para 5,0) Acari caiu para o segundo lugar. Cruzeta subiu do 21º para o terceiro e São José do Seridó, do nono para o quatro lugar no ranking estadual.

O Seridó colocou seis município em os dez mais bem posicionados no Ideb do Rio Grande do Norte. O Oeste participa com três – Mossoró, Felipe Guerra e Apodi, e o Agreste com um: Lagoa Nova.

Parazinho, Pedro Avelino, Riacho da Cruz, Caiçara do Norte e Espírito Santo dividem a lanterna do Ideb. A nota 2,3 é menos da metade da média do Rio Grande do Norte. Esses municípios deverão receber atenção especial do MEC nos próximos dois anos.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira lembra que as notas são preliminares. Os municípios terão prazo de 60 dias para questionar os resultados. Em escolas com queda acentuada, poderá haver problemas como erro no envio dos dados sobre frequência escolar para o MEC.

RN ocupa posição intermediária

As planilhas divulgadas ontem pelo Inep mostram que o Rio Grande do Norte ocupa posição intermediária no Nordeste, região que tem um dos mais baixos Idebs do Brasil. Nas escolas da rede estadual que ainda ministram o ensino fundamental (a maioria hoje está sob responsabilidade dos municípios), o RN ocupa a sétima posição com nota 3,5, abaixo da média regional, que é de 3,7. Nos anos finais do ensino fundamental, o Ideb nas escolas estaduais é de 2,9 ante uma média de 3,0.

No ranking geral, que inclui todas as escolas do ensino fundamental, o Ideb do Rio Grande do Norte é de 3,9 e a média nordestina de 3,8. Nesse item a liderança fica com o Ceará, com média 4,4, seguido do Pernambuco (4,1) e Piauí (4,0).

No caso do segundo ciclo do ensino fundamental, o  Ceará e o Maranhão lideram o ranking das escolas estaduais com média 3,6, seguido do Piauí com 3,4. O Rio Grande do Norte está em quinto lugar com média 2,9. A média nordestina é de 3,0.

Em suma, os números mostram que o Rio Grande do Norte avançou no Ideb, assim como os demais estados, mas mantém-se numa posição intermediária no Nordeste.

No resumo das notas por Estado, disponibilizado ontem no site do Inep, um detalhe: apenas os números do Rio Grande do Norte não constavam na planilha.

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