Professores do município, reunidos ontem em assembléia geral, resolveram manter a greve em resposta à indefinição de datas e valores salariais contidos na proposta apresentada pela prefeitura.
Em reunião, na manhã de ontem, com a Comissão de Negociação dos professores, a secretária de educação, Justina Iva, propôs a antecipação do piso salarial da categoria para abril, para tanto, os professores deveriam suspender imediata a greve, o que também garantiria a revogação de todos os atos do Decreto 7.857, com a exceção da reposição das aulas. O anuncio do resultado da negociação foi comunicado à assembléia de professores por Raimundo Silva, promotor da Educação e membro da Comissão de Negociação. “Essa proposta da prefeitura é fruto do esforço da Comissão para encontrar uma solução que fosse agradável para à categoria”
Fátima Bezerra, deputada federal e membro da Comissão, anunciou apoio incondicional à categoria, mas pediu bom senso à classe para analisar com calma a proposta da prefeitura. Fátima fez questão de lembrar que se a PEC (Projeto de Emenda à Constituição) que estabelece o Fundeb estivesse aprovada, Natal seria contemplada em três milhões por mês, o que poderia ajudar no processo de negociação com os professores. Já que 60% dos recursos poderão ser utilizados para pagamento de salários.
O discurso membros da Comissão parecia tentar o consenso em relação à proposta do governo. Todos falaram apenas da proposta salarial, até que o também membro, Dário Barbosa, informou aos professores que tudo seria condicionado à suspensão imediata da greve e que não na proposta de antecipação salarial, não haviam números que garantissem um mínimo de segurança à categoria.
No fim da tarde, a assembléia optou pela continuidade da greve até que a prefeitura apresente os números do reajuste. “A proposta da Secretaria é um avanço no processo de negociação. A prefeitura garantiu através de um documento que está disposta a conceder um pré-piso salarial em abril, mas não apresentou o valor quantitativo. Não sabemos o quanto está relacionado aos 62%, que estamos reivindicando, pode ser integral, apenas 20% ou até mesmo pífio de 2%. Por causa dessa indefinição a categoria optou pela continuidade da greve”, disse Hudson Guimarães, coordenador geral do Sinte.
Os professores voltam reunir na Câmara Municipal, na próxima segunda-feira, dia 13, às 15h, para participar da audiência pública que tratará da paralisação. Na terça-feira, às 8h, no auditório do Sinte, haverá outra plenária para tratar dos rumos da greve.