Caracas (AE) – O presidente venezuelano, Nicolas Maduro, viaja nesta segunda-feira para China com o objetivo de discutir financiamentos em meio a uma recessão profunda no país sul-americano. A China é o maior credor da Venezuela e Maduro disse no domingo que iria falar sobre acordos de empréstimos no setor de petróleo com o presidente Xi Jinping, assim como projetos de economia, educação e tecnologia.
Maduro chamou a viagem de “uma visita muito importante para assumir novos projetos, dada a circunstância que temos em nosso país, incluindo redução de receitas e a queda do preço do petróleo”. A China emprestou ao país sul-americano mais de US$ 40 bilhões nos últimos cinco anos, parte já paga pela Venezuela por meio de fornecimento de petróleo.
No final de dezembro, Maduro anunciou que iria tornar a economia seu principal foco em 2015. Os críticos dizem que a Venezuela deve fazer ajustes dolorosos para endireitar a economia, como a desvalorização da moeda ou uma elevação nos preços da gasolina.
A Venezuela está lutando contra a inflação mais alta do mundo, uma recessão recém confirmada e uma crise de liquidez provocada, em parte, por uma queda acentuada no preço do petróleo. “Para mim, essa é a Venezuela realmente precisando de dinheiro”, disse Evan Ellis, professor de Estudos Latino Americanos DNA U.S. Army War College Strategic Studies Institute.
Maduro também anunciou que vai visitar outros membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). A Venezuela pediu, sem sucesso, aos países do cartel para trabalharem juntos a fim de elevar os preços do petróleo, que caíram pela metade em seis meses. A nação tem a maior reserva do mundo e 95% das rendas de exportações vem da commodity.
