A pesquisadora Leide Câmara, autora do Dicionário da Música Potiguar, disse que Chico Elion “foi de uma geração de grande contribuição para a música potiguar, promoveu muitos encontros entre artistas do RN com gente que vinha a Natal fazer shows. Era um grande instrumentista e compositor, e não propriamente um cantor, atuou fortemente nos anos 1950, mas depois colaborou bastante como empresário”. Leide que batizou Francisco Elion de Chico, no início do século 21, quando lançou a primeira edição do Dicionário.
Ela lembra que Elion manteve por um bom tempo (entre os anos 1970 e 80) o Beco da Música, ponto de referência na Av. Alexandrino de Alencar para músicos de Natal e artistas que vinham de fora. “Todo mundo se encontrava por lá”. Para a pesquisadora, “Ranchinho de Paia”, a mais famosa das mais de 400 composições de Elion, faz parte das músicas que são referência para o RN como “Royal Cinema” (Tonheca Dantas), “Prece ao vento” (co-autoria de Fernando Luiz da Câmara Cascudo, filho do famoso escritor), “Praieira” (Othoniel Menezes/Eduardo Medereiros), “Avenida 10” (Babal) e “Linda Baby” Pedro Mendes.
