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No Brasil, casos passam de 40 mil

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Brasília (AE) – O número de casos confirmados no Brasil de coronavírus ultrapassou a marca de 40 mil nesta segunda-feira, 20, chegando a 40.581. O País já contabiliza 2 575 vítimas fatais. O número foi corrigido pelo Ministério da Saúde, que havia apontado inicialmente para 2.845 mortes. O erro ocorreu com os dados referentes ao Estado de São Paulo. Com o número corrigido, o índice de letalidade da doença chegou a 6,3%.
O Estado com maior número de casos é São Paulo com 14.580 infectados e 1.037 óbitos registrados
#SAIBAMAIS#O Estado com maior número de casos é São Paulo, com 14.580 registros de pessoas infectadas e 1.037 óbitos. Em seguida, o Rio de Janeiro possui 4.899 casos e 422 mortes registradas. Em situação de alerta, o Ceará tem 3.482 casos confirmados de covid-19 e 198 mortes. Pernambuco tem 2.690 casos e 234 mortes.
Nesta segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que espera chegar ao fim da quarentena em razão do novo coronavírus já nesta semana. O presidente voltou a citar as medidas de isolamento social adotados por governadores e prefeitos como ações “excessivas” em alguns Estados e que “não atingiram seu objetivo”.
“Dá para recuperar o Brasil ainda. Eu espero que essa seja a última semana dessa quarentena, dessa maneira de combater o vírus, todo mundo em casa. A massa não tem como ficar em casa, porque a geladeira está vazia”, afirmou o presidente.
Para autoridades sanitárias, incluindo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o isolamento social é a melhor forma de evitar a propagação do novo coronavírus e provocar um colapso no sistema hospitalar.
Antes de deixar o cargo, o agora ex-ministro Luiz Henrique Mandetta chegou a falar em “dias duros” da doença entre maio e junho, ou até julho (mês já descoberto pelo auxílio). Por e-mail, o Ministério da Saúde informou que as notificações por doenças respiratórias costumam crescer no País entre o início de maio e meados de agosto.
Geolocalização
As quatro principais operadoras de telefonia celular, Vivo, Oi, Tim e Claro vão disponibilizar a partir desta segunda-feira, 20, uma plataforma que permite o monitoramento do isolamento social, para o combate ao coronavírus, com uso de geolocalização. Além do governo federal, poderão ter acesso ao sistema todos os governos estaduais e das cidades com mais de 500 mil habitantes. Atualmente apenas o Estado de São Paulo usa a plataforma das operadoras. Outras 13 Unidades Federativas utilizam o sistema de geolocalização da startup In Loco.
Na semana passada o presidente Jair Bolsonaro, aconselhado pelo seu filho Carlos, desautorizou o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, que negociava o uso da tecnologia com as teles. O novo ministro da saúde, Nelson Teich, já defendeu o uso da geolocalização em artigos. Diante da negativa de Bolsonaro, as teles decidiram disponibilizar o sistema para outros gestores interessados.
“Decidimos abrir para mais entes porque pode ajudar bastante e porque dado este momento do governo federal o combate ao vírus não pode parar”, disse o presidente executivo do Sinditelebrasil, entidade que representa as teles, Marcos Ferrari.
Na segunda-feira as operadoras vão abrir uma página na internet por meio da qual União, governadores e prefeitos das grandes cidades vão poder solicitar o serviço. O passo seguinte é assinar um Acordo de Cooperação Técnica e um termo de confidencialidade. A partir daí os gestores vão poder acessar o sistema em 48 horas.
Em outro ambiente digital, os governadores e prefeitos terão à disposição um mapa de calor que mostra o fluxo de pessoas no dia anterior. Os dados serão fornecidos de forma agregada e anônima o que, segundo as operadoras, é uma garantia de que as administrações não terão acesso a dados pessoais dos usuários de telefones celulares.
A base de usuários das teles é de 200 milhões e os deslocamentos são registrados por meio das antenas de telefonia celular. Os dados fornecidos pelas teles poderão ajudar no cálculo do índice de isolamento em cada região e ser cruzados com outras informações como, por exemplo, os números de incidência do vírus e embasar políticas públicas.
Riscos
Apesar das garantias dadas pelas operadoras, especialistas em privacidade digital advertem para riscos relação ao uso da geolocalização no combate ao coronavírus. Segundo eles, o adiamento da vigência da Lei Geral de Proteção de Dados e a demora do governo em indicar os integrantes da Autoridade Nacional de Proteção de Dados, sancionada pelo próprio Bolsonaro em julho do ano passado, criam um ambiente de insegurança jurídica quanto ao uso de dados pessoais.
A geolocalização tem sido utilizada em vários países no combate ao novo vírus mas levantou um debate mundial sobre a necessidade de conciliar a utilização da tecnologia em ações de proteção sanitária e os direitos individuais de privacidade. 
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