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Noar começa a operar no fim de agosto em Natal

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A Noar Linhas Aéreas, 18º companhia brasileira homologada para operar voos regulares com  passageiros no Brasil, confirmou ontem a largada de suas operações no Rio Grande do Norte para o dia 30 de agosto, com a promessa de ressuscitar o conceito de low cost, que, em linhas gerais, significa operar com baixos custos e oferecer ao consumidor tarifas reduzidas. A ideia da empresa é integrar o transporte aéreo entre cidades do Nordeste, de olho principalmente no público que viaja de carro ou de ônibus pela região, diz a diretora comercial e de marketing, Fernanda Bittencourt. Segundo ela, a companhia estreia no estado com cinco voos diários interligando Natal a João Pessoa e Recife. Mas a expectativa é receber o sinal verde da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para atender também ao mercado de Mossoró.

A companhia aérea está em atividade há dois meses no mercado regional e chega ao Rio Grande do Norte depois de fincar bandeira em Pernambuco, Alagoas e Sergipe. “O mercado da região está carente. Tem poucos voos, principalmente entre as capitais. O Nordeste e o Norte foram as regiões mais prejudicadas com a retração da malha aérea aérea no país, após os anos 50”, observa Fernanda, acrescentando que o foco da empresa é o mercado de curto alcance e de baixa a média densidade na região, um modelo de negócio que complementaria o das grandes companhias, atuantes no mercado de longo curso e de alta densidade. “Não estamos aqui para brigar com as grandes. Estamos aqui para facilitar o trabalho delas. Para ir onde elas não podem ir”.

A Noar Linhas Áreas é resultado da união de um grupo de empresários do Nordeste e do Sudeste do país, com experiência em setores como telecomunicações, educação e hotelaria. Para dar início à incursão no setor aeroportuário, o grupo investiu cerca de R$ 40 milhões, com recursos próprios. O  aporte foi precedido de uma série de estudos de viabilidade, de mercado e, ainda, da análise de mais de 60 casos de companhias aéreas nacionais e estrangeiras. A ideia, nesse caso, foi conferir o que deu certo ou não para que não fossem cometidos os mesmos erros. Sem revelar valores de investimento por estado, a diretora comercial diz que os resultados têm sido positivos. “Em dois meses de operação, a taxa de ocupação dos voos supera os 60%, um desempenho que é muito positivo”.

Ela acrescenta que, nesse primeiro momento, os planos são de iniciar ligações regulares entre cidades como Recife, Maceió, Aracaju, Caruaru, João Pessoa, Natal, Mossoró e Fortaleza. A meta é, até 2011, interligar 9 capitais e até 30 cidades do interior nordestino. A empresa não revelou as tarifas previstas para Natal e Mossoró. Em outros trechos em que opera há, no entanto, preços de passagem a partir de R$ 67,90.

Cade aprova compra da Pantanal pela TAM

Brasília (AE) – Numa votação cheia de intervenções e questionamentos por parte dos conselheiros, os membros do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovaram ontem, por unanimidade e sem restrições, a compra das ações totais da Pantanal Linhas Aéreas pela TAM. O negócio foi formalizado em dezembro do ano passado e determina que a Tam passará a controlar a Pantanal e poderá operar nos trechos nos quais atuava a empresa.

O relator do caso, conselheiro Ricardo Ruiz, salientou que essa não é uma aquisição convencional, já que a Pantanal é uma empresa que estava em recuperação judicial, mas não em processo de falência, e a aquisição pela TAM se deu por meio de um leilão que contou apenas com essa companhia participante. “Tivemos o leilão. Um candidato. Era de conhecimento público a situação da Pantanal. Temos uma aquisição não convencional”, disse.

Na avaliação do relator, como há possibilidade de novos entrantes nesse mercado e é grande a rivalidade entre companhias aéreas, a aprovação pode se dar sem restrições. Ruiz deixou claro também que a operação não gera sobreposição de rotas pelas companhias. “São rotas complementares para a rede da TAM”, disse

O conselheiro salientou ainda que, a partir da próxima semana, haverá um aumento no número de destinos pela Pantanal de seis para 15. Segundo explicação do advogado da TAM, Tito Andrade, durante a sessão, as rotas operadas pela Pantanal não eram operadas pela companhia. “Este é um caso típico de complementaridade”, avaliou o conselheiro Carlos Ragazzo.

Para o conselheiro, a compra da empresa pela TAM pode melhorar o bem-estar do consumidor. Isso porque, de acordo com ele, o passageiro poderá fazer uma operação direta e não precisará mais comprar uma passagem até São Paulo, por exemplo, e depois para outro destino. “É uma opção a mais para o consumidor.”

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