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Noite dividiu público entre o Beco e a Praça

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A música potiguar do Beco da Lama desaguou na praça Sete de Setembro no fim de semana diante de mais de mil pessoas. A primeira eliminatória do MPBeco – que teve as primeiras cinco concorrentes classificadas para a grande final do festival marcada para ocorrer dia 23 de maio – mudou de endereço e atraiu um público mais jovem que o do ano passado, quando o evento foi realizado pela primeira vez. O idealizador e produtor do festival, Dorian Lima, afirmou que já havia notado essa mudança durante a primeira edição. O fato é que a distância dos bares do Beco propriamente dito causou um certo estranhamento e dividiu o povo.

O geólogo Oscar Cremonini, por exemplo, achou que daria para assistir ao festival de um dos botecos e desistiu quando viu que não seria possível. Para a maioria, no entanto, os ambulantes acabaram dando conta do recado. O palco armado no estacionamento em frente ao Palácio da Cultura e o conseqüente fechamento das ruas da região acabou com o perigo do trânsito de carros e motos como ocorreu em 2006 nas ruas adjacentes.

Na praça, o espaço parece ter acomodado melhor quem prestigiou o festival. Para entreter mais o público entre uma música e outra do evento, a produção poderia pensar na instalação de uma mini-feira de sebos ou algo semelhante. É natural que a troca de músicos e instrumentos demore com apenas um palco no local. O que não deu para entender foi o repertório do DJ Bruno Giovanni durante os intervalos. Não é querendo evocar a presença de Ariano Suassuna por aqui não, mas tocar uma série de hits gringos em pleno festival dedicado à música potiguar foi dose de Campari sem gelo.     

A concorrência mostrou que a música potiguar tem influências de fora e vai muito além do baquinho e violão. Prova disso foi a diversidade das cinco músicas classificadas pelo júri oficial do MPBeco formado pela cantora Valéria Oliveira,  o compositor Manassés Campos, o publicitário Roberto Solino, o compositor Carlos Guedes e o jornalista Isaac Ribeiro. Da poético-psicodélica  “A Rainha do Tapete Vermelho”, da banda Elegia e seus Afluentes, ao blues “Blues das Horas”, de Gil Oliveira, passando pela circense “Bobo da Corte”, de Franklin Novaes e Eduardo Alexandre, até as duas músicas-potiguares-de-raiz “Potiguarina” e “Potiguaras, Guaranis”,  interpretadas respectivamente por Geraldo Carvalho e Khrystal. Tem lugar cativo na final.  Chamou a atenção também a falta de comprometimento de alguns candidatos. Tanto Neemias Damasceno, que defendeu “Bela Morena”, como Abdonias Fernandes, com “Avessos e Harmonias”, chegaram atrasados ao palco.  Fernandes foi punido com a perda de 5 pontos pelo júri.

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