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Norueguês é preso por abuso

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O norueguês aposentado Geir Lervag, 47 anos, está preso numa cela na Delegacia de Plantão da Zona Sul, desde a noite de sexta-feira, acusado de atentado violento ao pudor contra um menino de apenas 13 anos. Ele foi flagrado pelo recepcionista de um hotel na avenida Erivan França, em Ponta Negra, onde o estrangeiro estava hospedado, fazendo sexo oral com o adolescente. A vítima, em depoimento à polícia, disse que foi atraído para o hotel porque o acusado lhe deu um pacote de batatas fritas e lhe prometeu R$ 50. O acusado nega as acusações.

A polícia foi acionada pelo recepcionista do hotel onde o acusado tinha acabado de se hospedar. Segundo a testemunha, o acusado deu entrada no hotel às 16 horas. Ele deixou as malas no quarto e saiu para a orla de Ponta Negra. Por volta das 19 horas, ele retornou acompanhado de um garoto. Geir Lervag teria dito ao recepcionista que ia dar algumas roupas ao garoto. Ao dono do hotel ele contou que o menino era seu filho.

Acusado e vítima tiveram acesso ao interior do hotel. O recepcionista ficou desconfiado e, para sua surpresa, ele flagrou o norueguês fazendo sexo oral com o adolescente na sala de estar do estabelecimento hoteleiro, num local que, segundo o funcionário, era “de acesso a todos os hóspedes”.

A PM foi imediatamente acionada. A equipe da viatura 131, da Companhia de Turismo, comandada pelo sargento Clóvis Lopes, chegou ao hotel às 19h40. Eles não flagraram o abuso, mas diante da acusação do recepcionista e da confirmação da vítima, os PMs levaram o acusado à Delegacia de Plantão da Zona Sul de Natal, na avenida Ayrton Sena, em Neópolis. O delegado Magno Teotônio autuou o norueguês pelo crime de atentado violento ao pudor, previsto no artigo 214 do Código Penal. O crime prevê pena para quem constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a praticar ou permitir que com ele se pratique ato libidinoso diverso da conjunção carnal. A pena é de reclusão de seis a dez anos. O delegado ainda combinou a acusação com o artigo 224, “alínea a”, por presunção de violência, uma vez que a vítima não é maior de 14 anos.

O acusado, em depoimento traduzido por um agente da Polícia Civil, alegou que as acusações são falsas. Ele disse em inglês que está sendo vítima de uma intriga por parte do recepcionista, que teria ficado chateado com críticas sobre a arrumação do quarto e da faxina. Geir Lervag também alegou que não ofereceu roupas ao menor, mas confirmou que mentiu para o dono do hotel, dizendo que o menino era seu filho, para eles poderem ter acesso ao interior do estabelecimento. Ele falou que levou o adolescente para o hotel para lhe dar batatas fritas, uma vez que a vítima lhe pedia comida, dizendo que estava morrendo de fome. O acusado tem visto de permanência no Brasil desde 11 de dezembro de 2004, mas relatou que passou muitos meses afastado do país, ingressando no dia 30 de novembro deste ano. A prisão do estrangeiro foi comunicada à Polícia Federal e à Embaixada da Noruega. Geir Lervag é aposentado e divorciado.

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