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“Nosso” sexteto já vestiu a camisa da Seleção Brasileira

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FAMA - Quando estava no auge como jogador do Flamengo, Dequinha integrou a Seleção Brasileira

Everaldo Lopes – Repórter e Pesquisador

Quatro norte-rio-grandenses e dois “feitos” no futebol do RN integraram a Seleção Brasileira, mas apenas  Marinho Chagas disputou várias partidas em uma Copa do Mundo: a de 1974 na Alemanha. O carioca Nilo Murtinho Braga, que morou alguns anos em Natal e ainda com idade júnior  defendeu o América/RN, jogou apenas uma partida no Mundial de 1930, no Uruguai. O louro Marinho Chagas é também o norte-rio-grandense que mais vezes vestiu a camisa do Brasil, sendo seguido pelo pernambucano  Lula, que aqui chegou com apenas dois anos de idade e defendeu um único clube do RN, o Ferroviário EC. Com  participação um pouco menor na seleção tivemos Nilo, o mossoroense Dequinha, o itajaense Souza e o outro mossoroense, Nonato, este com passagem rápida pelo time brasileiro em um torneio disputado nos EUA.

O badaladíssimo Marinho Chagas fez sua estréia na equipe brasileira dia 25 de junho de 1973, e o fez com derrota, quando perdeu para a Suécia, em Estocolmo, por 1×0, partida de caráter amistoso. O louro natalense seguiu atuando pela “Canarinho” até fazer suas despedidas contra um combinado de clubes paulistas dia 16/06/77. Marinho ainda integraria um time não oficial formado por ex-jogadores famosos chegando a enfrentar e vencer a Argentina por 2×1. O total de jogos de Marinho na Seleção Brasileira é de 36 partidas.

Luiz Ribeiro Pinto, o Lula vem em terceiro lugar na condição de não norte-rio-grandense mas aqui criado e onde ensaiou os primeiros passos na profissão. Nasceu em 16/11/46, estando próximo de completar 60 anos, tendo jogado até os 34 anos. Sua estréia vestindo a camisa da CBF ocorreu dia 31/07/71 contra a Argentina, empate de 2×2, e seguiu até  despedir-se contra os Milionários, de Bogotá, dia 06/02/77, Brasil 2×0. O total de partidas de Lula na Seleção é de 13 participações, incluindo eliminatórias para a Copa de 78. Em 78 Lula tinha 32, com idade, pois, para defender a “Canarinho”. Uma das equipes brasileiras contando com Lula é esta: Leão, Orlando, Miguel, Beto e Marinho Chagas, Falcão, Rivelino e Zico, Gil, Robereto Dinamite e Lula. Dois jogadores “feitos” no velho estadinho Juvenal Lamartine.

Outro jogador feito no futebol desta capital foi o carioca Nilo Murtinho Braga. Ele veio morar em Natal quando seu pai – oficial da Marinha Emmanuel Murtinho Braga foi designado para  comandar a Capitania dos Portos, o filho Nilo tinha apenas 17 anos, foi campeão pelo América em 1919. Nilo era membro de uma família carioca tradicional, inclusive no meio artístico. Sua sobrinha, Anamaria Murtinho Braga, da Globo, é a mais famosa. Nilo foi campeão carioca defendendo Botafogo (artilheiro carioca de 1938) e Fluminense. Nilo disputou 19 partidas com a camisa do Brasil, e apenas uma na Copa do Mundo, a de 30 no Uruguai, quando o Brasil perdeu para a Iugoslávia por 2×1. No outro jogo – Brasil 4×0 Bolívia, Nilo ficou de  fora, contundido. Uma equipe com Nilo foi esta: Velloso, Domingos e Hildegardo, Hermógenes, Goliardo e Alfredo, Walter, Nilo Murtinho, Carvalho Leite, Feitiço e Teófilo.  Faleceu no Rio, dia 14/01/76, aos 71 anos.

Dois mossoroenses – Dequinha (José Mendonça dos Santos) e Nonato (Raimundo Nonato) também vestiram a camisa amarela da Seleção. Dequinha atuou oito vezes, sendo uma delas no lendário estádio de Wembley, mas o Brasil foi derrotado pela Inglaterra por 4×2. Uma seleção com Dequinha: Gilmar, Djalma Santos, Pavão, Zózimo e Nilton Santos, Dequinha e Didi, Paulinho, Gino, Álvaro e Canhoteiro, jogo Brasil 3×2 Áustria. Dequinha integra o time de todos os tempos do Flamengo, eleito pela crônica carioca.  Faleceu a 29/07/97, em Aracaju, onde morava.

O excelente  ala Nonato foi o que menos vezes defendeu a Seleção Brasileira, ou seja apenas três, contra os Estados Unidos (Brasil 2×0, em 06/06/93, 3×3 contra a Alemanha e 1×1 diante da Inglaterra, saindo, pois, invicto da seleção. Um dos times é este: Taffarel, Luiz Carlos Winck, Júlio César, Márcio Santos e Nonato, Carlos Alberto, Luizinho e Dunga, Valdeir, Careca e Elivelton. O técnico era Parreira, time que derrotou os EUA por 2×0, valendo a Copa de Ouro. Finalmente, o meiocampista Souza, natural de Itajá/RN, disputou 11 partidas pela “Canarinho”, marcando três gols. Algumas dessas partidas foram valendo o Pré Olímpico. Uma das partidas o meia potiguar com esta formação: Taffarel, Cafu, Márcio Santos, Aldair e Branco, Dunga, Juninho e Souza, Bebeto, Túlio e Sávio, Brasil 5×0 Iugoslávia, um dos gols de Souza, jogo disputado dia 22/02/95, em Fortaleza.

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